Aprenda os fundamentos: cores no CSS

Quando você se deparar com algum tipo de código, tenha a curiosidade de decifrá-lo.

Me impressiono com a quantidade de programadores que precisam escrever CSS com regularidade e nunca pararam para entender o significado dos código de cores.

É simples: uma cor RGB é composta de três números, representando as cores vermelho (R), verde (G) e azul (B). Cada um desses números pode ir de 0 a 255 (1 byte).

Então o vermelho vivo é:

rgb(255, 0, 0)

Que também pode ser escrito como:

rgb(100%, 0, 0)

Ou, em hexadecimal (255 = FF):

#FF0000

As cores que podem ser “arredondadas” para duplas de letras iguais, como essa, podem também ser escritas assim:

#F00

E é isso. Da próxima vez que você escrever uma cor, vai saber o que significa. Agora pesquisa sobre RGBA, você via ver como fica fácil entender.

Mas não é só sobre cores. Faça isso sempre que se deparar com qualquer tipo de código, tente entender o que ele significa, você vai gastar um pouquinho de tempo no início, mas a vida vai ficar muito mais fácil depois.

Números bem torturados

Dizem que Delfim Neto dizia que números, quando bem torturados, são capazes de confessar qualquer coisa. Eu concordo. Sempre que você ouvir números impressionantes gaste algum tempo pensando, aplique um pouco de matemática básica e duvide um pouco do que você ouviu.

Vi no Facebook hoje o pessoal compartilhando esse artigo:

Paulistas compram mais carros por hora do que roraimenses o mês todo

O artigo destaca o fato de que “São Paulo vendeu em agosto o dobro do segundo colocado e 212 vezes mais do que Roraima, o último do ranking”, dando a impressão ao leitor de que isso é reflexo de uma tremenda desigualdade social.

Acontece que a população de São Paulo é maior que o dobro que a de Minas Gerais, segundo colocado no ranking de venda de carros. Assim, per-capita, o mineiro comprou quase a mesma quantidade de carro que o paulista em agosto.

Veja, para cada dez mil habitantes em São Paulo foram vendidos 28 veículos, e em Minas 26. E quanto a Roraima? Bem, as diferenças sociais são gritantes. Mas o artigo coloca as coisas assim:

São Paulo vende por hora 621 unidades, mais do que Roraima vende por mês: 538.

Olhando assim, parece que o paulista ganha dezenas de vezes mais dinheiro que o roraimense. Mas em Roraima, para cada dez mil habitantes, foram vendidos 11 carros. Ainda uma desigualdade, claro, mas não de dezenas de vezes, não é?

Em tempo: antes que os comentários enveredem por esse assunto, eu concordo que nossas cidades precisam de menos carros e mais bicicletas/metrôs/corredores de ônibus/trabalho remoto. Mas o fato de isso ser uma boa causa não nos dá o direito de fazer esses absurdos com os números, não é?