Na última quinta-feira preparamos uma edição especial do Workshop de Produtividade apenas para convidados. Acontece que, por “motivo de força maior”, um bom grupo de convidados não pode vir. Tínhamos então o dilema de fazer o evento com poucas pessoas.
Naquela manhã o Diego ficou sabendo, no twitter, que o Marco Gomes estava transmitindo o pessoal da boo-box jogando Wii. Logo ele teve a idéia de transmitir o evento.
O resultado me surpreendeu. Embora fosse de graça, era um evento em horário comercial, não teve nenhuma divulgação e foi anunciado na hora do evento. Achei que ninguém ia conseguir se agendar para assistir, mas tivemos uma média de 30 participantes, com alguns períodos com mais de 50. Os vídeos estão disponíveis para quem quiser conferir.
A cada dia mais me convenço de que isso tudo é uma revolução. Não estamos apenas fazendo melhor as mesmas coisas de antes, estamos fazendo coisas que antes não eram possíveis. Ouse, se arrisque, não tenha medo. Você corre o risco de as coisas darem certo.
O Tiago Dória gostou da idéia de se criar um feed pessoal. Em seguida o Cris Dias discordou dele. Os argumentos do Cris são interessantes, ele coloca que a idéia já existia com o Wasabi, que teve o seu momento mas hoje não tem nenhuma relevância.
Eu, porém, vejo uma diferença fundamental entre o Wasabi e serviços como o FriendFeed. Quando me cadastrei no Wasabi, o fiz todo empolgado. Mas eu perdi o interesse logo que percebi que não poderia acompanhar as novidades do Wasabi no Google Reader. Nesse aspecto, o FriendFeed é justamente o que eu queria.
Por outro lado, é claro que eu não vou assinar o feed pessoal de todo mundo cujo blog eu leio. Não me interessam em nada as fotos de fim-de-semana daquele sujeito cujo blog sobre Linux eu acompanho. Nesse aspecto, concordo com o Fabricio Zuardi. Por outro lado, acharia muito interessante o feed pessoal de amigos mais próximos, colegas de escritório, familiares e pessoas que admiro muito. E quando um amigo criar uma conta no Flickr, eu não vou ter trabalho nenhum para ver as fotos.
Bom, para quem quiser, tenho meu feed pessoal no FriendFeed. Cuidado, você vai receber tudo o que eu publico, sobre todos os assuntos!
Saiu o episódio piloto do [ o – ] taligado?, podcast do Gilberto Jr e do Marco Gomes sobre tecnologia, mercado de Internet no Brasil e divagações relacionadas. A parte sobre start-ups é muito interessante.
De brinde, a abertura e o fechamento com uma música do Noriel Vilela que eu não ouvia há um tempão, e que é uma delícia: Dezesseis Toneladas.
Falta uma semana para lo dia internacional de hablarse portuñol. Fica aqui minha contribuição ao ócio e falta do que fazer, fruto de uma tarde de feriado entediante: tradutor automático de sites português-portunhol. Você pode, por exemplo, ver este site traduzido para o portuñol.
Tomara que você ache tão divertido de usar quanto eu achei construí-lo.
Acabo de me cadastrar no Spesa. O Spesa é um gerenciador de finanças pessoais online. Você controla seu fluxo de caixa, anota cada movimento e sabe exatamente para onde foi o seu dinheiro. O aplicativo parece muito bem desenvolvido, a interface é agradável e fácil de usar, e a idéia é genial.
Não me cadastrei para avaliar o produto, mas porque tenho interesse em usá-lo mesmo. Todas as boas opções que eu conheço para fazer a mesma coisa não são online. Planilhinha no Google Docs? Esquece!
Bom, fiz o cadastro inicial, ativei minha conta e fiz meu primeiro acesso. A primeira tela a ser apresentada é essa:
Legal, você começa a usar o aplicativo indicando seu saldo inicial. O problema é que eu tenho mais de uma conta bancária. Coloquei zero de saldo só para poder passar para a próxima tela e constatei o que eu temia: se você tem mais de uma conta, o Spesa é inútil.
Uma pena, espero que eles ofereçam uma maneira de gerenciar mais de uma conta logo, porque eu realmente preciso de um serviço desses.
Site novo: vademetro.com.br. De um aluno da Visie, Thomas Pomerancblum, o site é um excelente auxílio tanto para quem é de São Paulo e está procurando por alguma coisa perto do metrô quanto para quem chega de outras cidades e tem que se virar no metrô de São Paulo.
O Thomas citou o meu mini guia para o Metrô no blog do Vá de Metrô. Modéstia dele. O Vá de Metrô substitui com vantagens meu pequeno guia.
Ao encontrar um lugar você pode ver um roteirinho das estações, mostrando como chegar da estação onde você está, e um mapinha do Google Maps com o lugar onde você vai e a estação do Metrô mais próxima, para o trecho a pé. O projeto está começando, mas já é bastante útil. Acredito que eles vão apreciar bastante suas sugestões. Olha a Visie lá.
Ei, está legal isso aqui: http://www.eyeos.info/
Não é útil, mas dá uma boa idéia a respeito do que é possível fazer.
Coloquei os slides no slideshare, aqui.
E o Andrey Pedro Lefkum filmou a palestra inteira e publicou.
A resenha oficial:
A palestra apresentou ao público os Microformats, uma maneira de incluir novas características e possibilidades no HTML atual, oferecendo significado extra ao conteúdo e facilitando a criação de mash-ups. Comparou também a adoção inicial de Microformats com o padrão de adoção de novas tecnologias abertas, em especial o RSS. Por fim, demonstrou com exemplos práticos a simplicidade para se implementar Microformats e sua grande utilidade e flexibilidade.
Bom proveito!
Vi os dois no CrisDias:
No Flickr, um detalhe curioso: se você já acessou o site do Flickr, talvez haja um cookie em sua máquina que faz com que você veja sempre em português. Se você clicar no link acima e não vir o Flickr em português, clique no rodapé, no link “português”:
Será um sinal de que os números em nosso mercado estão ficando mais significativos? Ou é algo que já devia ter sido feito há muito tempo?
Isso me fez lembrar um trecho da palestra do Marty Cagan no ELPI, ao final, na parte de dúvidas, alguém perguntou a ele sobre o desenvolvimento de produtos no Brasil e para o Brasil. E ele disse que enxerga um grande potencial no desenvolvimento de produtos no Brasil, mas vê grandes dificuldades no desenvolvimento de produtos para o Brasil. E o motivo é o tamanho de nossa Internet. Como dado ele citou o fato de que nos Países Baixos o índice de penetração da Internet está em mais de 95% da população, enquanto no Brasil esse índice não chega a 17%.
Esse é um problema de visão muito comum. Os 17% da população brasileira que acessam a Internet são mais de 32 milhões de pessoas (dados do IBGE, de 2005). O dobro da população dos Países Baixos. Ou seja, um mercado de um tamanho respeitável.
Em tempo: apesar dessa resposta infeliz (e responder as perguntas ao final é mesmo difícil às vezes) a palestra do Marty Cagan foi a melhor coisa do dia. Estou ruminando algumas das idéias dele até hoje.
Está todo mundo por aí falando sobre:
Quando olhei cada um desses lançamentos, tive a mesma reação: “Ah, grande coisa!”
Nenhuma dessas idéias é nova ou revolucionária. Começando pelo Surface, é uma coleção de idéias velhas. Já vimos parte delas implementada no iPhone e na maneira como o sujeito pode usar os dedos nele. A idéia de colocar um computador numa mesa ou permitir seu uso por mais de uma pessoa também não é nova. E a maquininha da Microsoft está saindo por 10 mil. Dólares.
O Google Gears merece um pouquinho de explicação antes de dizer que a idéia não é nova. O Gears tem três componentes importantes. O primeiro é um tipo de servidor proxy com cache local. É um pouquinho mais do que isso, mas no fim permite a uma aplicação web responder dados ao usuário uma única vez, e ele terá esses dados em sua própria máquina a partir daí. O segundo é um banco de dados local, que permite a uma aplicação web, por exemplo, funcionar offline. O terceiro é um mecanismo para fazer com que seus scripts possam ser executados em segundo plano, sem congelar o navegador. De verdade? Isso não é nem tão novo, nem tão revolucionário assim. Para o sujeito que está desenvolvendo um Gmail, pode fazer diferença. Mas para pequenas aplicações, ou mesmo as medianas, dessas que a gente desenvolve todo dia, tudo poderia ser resolvido com cookies e um pouquinho de inteligência, sem demandar a instalação de um plugin.
Por fim, os feeds no Orkut. Aqui a experiência de quem esperava algo realmente novo pode ser decepcionante. Leia os comentários do Charles Pilger sobre o assunto, por exemplo.
Apesar disso, há algo que pode realmente fazer diferença nesse tipo de produto: massa crítica, quantidade de usuários, visibilidade. O Surface pode mostrar ao mundo a idéia nova. Talvez eu nunca venha a ter um Microsoft Surface, mas quem sabe eu daqui a algum tempo comecem a vender o XingLing Surface, o Itautec Surface ou o Positivo Surface? Tenho perguntado ao auditório, nos Encontros Locaweb, quem usa leitores de feeds e quem fornece RSS de qualquer maneira. Num público de desenvolvedores, o número de pessoas que levantam suas mãos é assombrosamente baixo. Imagino que entre os seres humanos comuns este números deve ser ainda menor. Feeds no Orkut podem ser um excelente recurso educativo. Isso pode fazer muita gente descobrir o RSS.
Em relação ao Gears, assim como em relação ao Silverlight, que não está na lista acima porque já tem um tempo, acontece algo curioso. Quem teria coragem de apostar hoje numa tecnologia que exige a instalação de um plugin para que seu site seja usado? Se fosse qualquer empresa pequena que estivesse lançando um desses produtos, ele logo seria descartado como algo ridículo. Mas todo mundo tem suas em relação ao poder de empresas como a Microsoft ou o Google de fazer com que as pessoas instalem algo em suas máquinas.
Em suma, quando você tem metade da Internet usando seus produtos, as regras podem ser diferentes para você. E quando você lança um Google Notebook ou um Zune, as pessoas parecem se esquecer muito rápido que você fracassou.
Em relação ao fato de não haver nenhuma novidade nesses produtos, vale lembrar o que diz o Getting Real: uma boa idéia não vale quase nada, o que vale mesmo é uma boa execução. Embora o Surface não seja novo, parece pelos vídeos que foi executado de maneira exímia.
E, claro, a história dos computadores mostra que nem sempre os melhores vencem. Nada de certezas, por enquanto.
Links interessantes:
How to: Access Pandora from outside the US
Vou explicar aqui em português os métodos 1 e 2:
http://www.proxz.com/
http://www.stayinvisible.com/
E lá você encontra o endereço de um servidor proxy aberto. Encontrando, basta ir no Firefox em Editar > Preferências > Avançado > Rede > Configurações e configurar lá o servidor proxy escolhido. A tela é mais ou menos assim:
Os métodos são os mesmos que foram usados para acessar o YouTube quando ele foi bloqueado, e são os mesmos que você pode usar para acessar qualquer outra coisa que seja bloqueada em seu país ou em sua rede.
Antes que chovam comentários perguntando: sim, se o administrador de sua faculdade não bloqueou os open proxies, deve servir para você acessar o Orkut bloqueado de lá. Já o MSN bloqueado é mais complicado, mas você pode tentar acessar, via open proxy, o Meebo. De qualquer maneira, você não devia fazer isso. A rede é da faculdade, e eles é que mandam lá. Deve ter uma lan house aí na esquina onde você pode perder seu tempo no Orkut com tranqüilidade.
No encontro lá em Porto Alegre mais de 300 pessoas. Foi muito divertido.
Amanhã é a edição do evento em Curitiba, e como nos outros, vou estar apresentando a palestra “Microformats, a web semântica com letra minúscula”. Você pode se inscrever direto no local (Estação 21 Convention Center.)
E a brincadeira continua. Se você for e tiver condições, leve uma extensão para me emprestar. Uma extensão elétrica comum, com tomada de pinos redondos, qualquer uma serve.
Saudações amigos piratas!
O Digg perdeu o controle de seu próprio site por causa da singela seqüência de números acima. Uma história interessante que vale a pena acompanhar. Sua primeira tendência pode ser a de criticar o Digg pela censura. Mas, pense bem, se fosse o seu pequeno negócio de milhões de dólares que estivesse ameaçado de processo judicial, será que você seria realmente tão corajoso assim?
Continuar lendo A quebra da proteção anti-cópia do HD-DVD, o Digg, e o futuro do DRM e das indústrias de música e cinema.
Nenhum conteúdo novo, mas a apresentação é excelente:
Vi aqui.
Um meta-buscador de vídeos. Busca no Google Video, no YouTube, e numa porção de outros pequenos e médios. A parte interessante é que os resultados de busca são melhor apresentados do que em qualquer outra dessas ferramentas. Ou seja, além da vantagem de buscar em vários serviços de vídeo ao mesmo tempo, oferece uma excelente experiência de uso.
Da próxima vez que eu quiser vídeo, se conseguir me lembrar do domínio bisonho, fooooo!
Site legal: dnScoop. Analisa uma série de variáveis, incluindo page rank, quantidade de links, quantidade de páginas indexadas e relatório de tráfego do Alexa, para dizer quanto o site vale. Mesmo que o valor seja de mentirinha, o relatório é bastante útil. Vale a pena conhecer.
Sim, este blog, o elcio.com.br e o visie.com.br valem, cada um, cerca de US$ 17.000. E o Tableless vale US$ 76.560.
Escutei a dica no MesadeCentro.com, um podcast que eu recomendo, muito divertido.
Assombroso. O nome deve de alguma maneira ser inspirado nos pipes do Unix. Sabe aquele papo que quem usa Linux vive dizendo, que o grande poder do Linux só é percebido quando você entende como usar o terminal e os pipes? Sabe aquele outro papo, do pessoal da semântica e do XML, de que essa coisas toda torna as aplicações mais fáceis de se integrar?
Pois é, o Yahoo! Pipes dá um gostinho das duas coisas. De um jeito que qualquer um com um pouquinho de raciocínio lógico consegue experimentar, sem precisar saber programar.
Bastante interessante. Meio utópico, romântico demais para o meu gosto, mas interessante:
Vi na radinho.