Pacote Ubuntu: cclive

O pacote cclive, para download de vídeos do YouTube na linha de comando, é uma reescrita do clive mais eficiente, com menor consumo de memória e menos dependências. Para instalar:

$ sudo apt-get install cclive

E para usar:

$ cclive http://www.youtube.com/watch?v=8fvTxv46ano

Isso vai baixar o vídeo na pasta atual. Simples e indolor. Mas qual a vantagem de usar a linha de comando em relação a uma extensão no navegador, onde você não precisa digitar comandos? Com a linha de comando é possível automatizar as tarefas. Criei um script que recebe um nome de usuário do YouTube e baixa os últimos 15 vídeos publicados. Chamei o arquivo de massclive. Veja o código fonte:

mkdir -p $1

lynx --dump http://www.youtube.com/user/$1/feed | \
  grep youtube.com/watch | \
  sed -e "s/.* //" | \
  sed -e "s/&.*//" | \
  sort -u | \
  while read url
  do
    cclive -c --output-dir $1 $url
  done

E você pode usar assim:

$ ./massclive maninthearenatv

Extraindo o áudio MP3 de um vídeo com ffmpeg

Gosto bastante de alguns videopodcasts, como o Roda e Avisa e o Man in the Arena. Mas o tempo que tenho para ouví-los é quando estou dirigindo. Nesse momento, o fato de serem em vídeo não significam nada. Tê-los em MP3 é muito mais prático para mim, que assim consigo ouví-los no som do carro.

Para baixar os vídeos tenho usado o Easy YouTube Video Downloader. Meu próximo projeto pessoal é automatizar isso de alguma maneira, quem sabe com Miro.

Depois, para extrair apenas o áudio, em MP3, faço:

ffmpeg -i entrada_video.mp4 -vn saida_audio.mp3

Simples e rápido. E fácil de automatizar.

IBM Lotus Symphony Bloated Office

A IBM lançou seu pacote de escritórios gratuito, o Lotus Symphony. Instalei aqui para testar. Para começar, ele não é “baseado no OpenOffice.org” como muitos sites por aí andam dizendo. Ele lê arquivos do formato ODF, o formato criado pela OpenOffice.org, e talvez tenha algum código ali realmente aproveitado do OpenOffice.org, mas ele é baseado mesmo é no Eclipse. Sim, é isso que você entendeu, o Symphony é construído sobre o Eclipe, em Java[bb], lento, lento, lento… Leva uma eternidade para carregar e demora um bocado a responder a alguns comandos. Fica praticamente impossível de se usar.

A primeira coisa curiosa é que o instalador para Linux[bb] coloca o programinha que desinstala o Symphony num lugar escondido e não avisa o usuário. Então fica a dica para você que usa Linux e, como eu, instalou o Symphony e se arrependeu o instalador está em:

/opt/ibm/lotus/Symphony/_uninst/uninstaller.bin

Outra coisa interessante é que a interface do programa ficou muito boa. O investimento em usabilidade que a IBM tem feito há anos, o que eles chamam de User Centered Design, tem dado resultado. O problema é que o software é tão lento que é insuportável usá-lo mesmo tendo uma excelente interface.

Se você já é usuário de OpenOffice.org, não vejo nenhum bom motivo para tentar o Symphony. Se não é usuário de OpenOffice.org, por favor, não instale o Symphony. Tente o OpenOffice.org.

Para mim o Symphony serviu mesmo para mostrar o poder de um padrão aberto. Tenho em minha máquina agora três pacotes de escritório: KOffice, OpenOffice.org[bb] e IBM Lotus Symphony, e os três trabalham com exatamente o mesmo formato de arquivo. Sem segredos, sem royalties, sem truques. Inclusive a compatibilidade entre eles é muito boa. E qualquer um pode fazer um programa que trabalha com o mesmo formato.

Veja, por exemplo, como é simples fazer um shell script que exporta um documento ODT para texto:

#!/bin/bash
mkdir .tmp_odt2txt
cp $1 .tmp_odt2txt
cd .tmp_odt2txt
unzip $1
cd ..
sed -e "s/<text:p[^>]*>/\n/g" .tmp_odt2txt/content.xml|sed -e "s/<[^>]*>//g" > $1.txt
rm -rf .tmp_odt2txt

Como estamos falando de um padrão aberto, usamos ferramentas simples disponíveis em qualquer Unix e lemos o arquivo. Tente fazer isso com um documento do Microsoft Word e você vai entender o que eu quero dizer.

Vídeo e slides da minha palestra no ELPI

Coloquei os slides no slideshare, aqui.

E o Andrey Pedro Lefkum filmou a palestra inteira e publicou.

A resenha oficial:

A palestra apresentou ao público os Microformats[bb], uma maneira de incluir novas características e possibilidades no HTML atual, oferecendo significado extra ao conteúdo e facilitando a criação de mash-ups. Comparou também a adoção inicial de Microformats com o padrão de adoção de novas tecnologias abertas, em especial o RSS. Por fim, demonstrou com exemplos práticos a simplicidade para se implementar Microformats e sua grande utilidade e flexibilidade.

Bom proveito!

YouTube no Brasil, Flickr em português

Vi os dois no CrisDias:

YouTube Brasil.

Flickr em Português.

No Flickr, um detalhe curioso: se você já acessou o site do Flickr, talvez haja um cookie em sua máquina que faz com que você veja sempre em português. Se você clicar no link acima e não vir o Flickr em português, clique no rodapé, no link “português”:

flickr em português

Será um sinal de que os números em nosso mercado estão ficando mais significativos? Ou é algo que já devia ter sido feito há muito tempo?

Isso me fez lembrar um trecho da palestra do Marty Cagan no ELPI, ao final, na parte de dúvidas, alguém perguntou a ele sobre o desenvolvimento de produtos no Brasil e para o Brasil. E ele disse que enxerga um grande potencial no desenvolvimento de produtos no Brasil, mas vê grandes dificuldades no desenvolvimento de produtos para o Brasil. E o motivo é o tamanho de nossa Internet. Como dado ele citou o fato de que nos Países Baixos o índice de penetração da Internet está em mais de 95% da população, enquanto no Brasil esse índice não chega a 17%.

Esse é um problema de visão muito comum. Os 17% da população brasileira que acessam a Internet são mais de 32 milhões de pessoas (dados do IBGE, de 2005). O dobro da população dos Países Baixos. Ou seja, um mercado de um tamanho respeitável.

Em tempo: apesar dessa resposta infeliz (e responder as perguntas ao final é mesmo difícil às vezes) a palestra do Marty Cagan foi a melhor coisa do dia. Estou ruminando algumas das idéias dele até hoje.

xSpec, o emulador de Sinclair ZX Spectrum

Para os que gostam da história da informática: o primeiro computador em que eu programei na vida foi um Sinclair ZX Spectrum, que aqui no Brasil se chamava TK-90X. Pois não é que o saudoso micrinho fez 25 anos mês passado?

Baixei nos repositórios do Ubuntu o xspec, um emulador de Spectrum, para ver se eu ainda sabia alguma coisa de BASIC, e fiz um videozinho para que os mais novos nesse negócio possam ver um pouquinho de como foi o início da programação em microcomputadores:

Ah, que saudades!

Como acessar o Pandora de fora dos Estados Unidos

How to: Access Pandora from outside the US

Vou explicar aqui em português os métodos 1 e 2:

  1. Firefox + anonymous proxy: o truque é simples, você visita um dos seguintes sites:
    http://tools.rosinstrument.com/proxy/
    http://www.publicproxyservers.com/

    http://www.proxz.com/
    http://www.stayinvisible.com/
    E lá você encontra o endereço de um servidor proxy[bb] aberto. Encontrando, basta ir no Firefox em Editar > Preferências > Avançado > Rede > Configurações e configurar lá o servidor proxy escolhido. A tela é mais ou menos assim:

  2. Usando um proxy CGI público: a solução acima tem resultados melhores, mas está é bem mais prática. Não precisa configurar nada, entre neste site, escolha um servidor proxy na lista, digite o endereço do site a visitar (pandora.com) e navegue.

Os métodos são os mesmos que foram usados para acessar o YouTube quando ele foi bloqueado, e são os mesmos que você pode usar para acessar qualquer outra coisa que seja bloqueada em seu país ou em sua rede.

Antes que chovam comentários perguntando: sim, se o administrador de sua faculdade não bloqueou os open proxies, deve servir para você acessar o Orkut bloqueado de lá. Já o MSN bloqueado é mais complicado, mas você pode tentar acessar, via open proxy, o Meebo. De qualquer maneira, você não devia fazer isso. A rede é da faculdade, e eles é que mandam lá. Deve ter uma lan house aí na esquina onde você pode perder seu tempo no Orkut com tranqüilidade.

Fooooo!

en.fooooo.com

Um meta-buscador de vídeos. Busca no Google Video, no YouTube, e numa porção de outros pequenos e médios. A parte interessante é que os resultados de busca são melhor apresentados do que em qualquer outra dessas ferramentas. Ou seja, além da vantagem de buscar em vários serviços de vídeo ao mesmo tempo, oferece uma excelente experiência de uso.

Da próxima vez que eu quiser vídeo, se conseguir me lembrar do domínio bisonho, fooooo!

Desktop 3D Linux numa máquina modesta.

Depois que publiquei este post, sobre o vídeo que o rapaz fez em português mostrando um Desktop Linux[bb] 3D, alguma pessoas comentaram o fato de ele ter uma máquina monstro, com 3Gb de RAM.

Como vocês sabem, o Linux é um sistema que permite um nível absurdo de personalização. Ele pode ser compilado para o seu processador, otimizado para a sua máquina, de maneira a extrair o melhor dela. Veja por exemplo, neste vídeo, o Linux extraindo o máximo de um um Duron 1.2 com 512MB, placa mãe PC-CHIPS 598lmr e uma Geforce[bb] 2MX PCI 64MB. A hora em que ele abre três instâncias simultâneas do Gimp me dá calafrios!

Embora o resultado seja excelente, construir um Linux from Scratch não é tarefa para qualquer um. Envolve horas e horas de leitura, compilação e configuração. Um excelente hobby para quem gosta do assunto, mas impraticável para quem estiver sem tempo. Uma alternativa interessante para quem quiser aprender é o Gentoo, um “quase LFS” mas empacotado numa distribuição que ajuda muuuuuito as tarefas de download e compilação do código fonte.

Bom, embora apaixonado pelo assunto, eu não tenho muito tempo para essas coisas. Além de um hobby, meus computadores são ferramenta de trabalho, e no momento não tenho uma máquina “extra” que possa ser parada por diversão. Então eu uso Ubuntu, a distribuição mais simples de instalar e usar que já encontrei. Apesar disso, fiquei curioso para saber como o Beryl se comportaria instalado em meu modesto notebook, um Itautec, Celeron 1.5, 512 Mb RAM e plaquinha de vídeo Intel i810.

Instalei o Beryl seguindo essas instruções no meu Ubuntu 6.10 e não fiz nada de especial para configurá-lo além de clicar com o botão direito no ícone do Beryl, escolher “configurações”, escolher o filtro de textura “rápido” e clicar em sair. Todas as escolhas de efeitos visuais foram feitas usando a interface gráfica do próprio Beryl e, depois da instalação que envolveu editar o sources.list e o xorg.conf, eu não editei nenhum arquivo texto.

O resultado:

view video[bb]

Conforme vocês podem ver, a memória está sendo toda usada, e um pouco de swap também. Apesar disso, o desempenho é muito bom.

Para gravar o vídeo eu mudei a resolução para 800X600, porque gravar com a resolução máxima seria pedir muito de meu processadorzinho, e para perder menos detalhes quando o YouTube redimensiona o vídeo. Mas normalmente eu uso 1280X800. Gravei sem som, não por causa de performance, mas porque estou sem microfone. Fiz uns testes com o microfone embutido do notebook e, embora a qualidade do áudio seja sofrível, a performance permanece excelente.

Na verdade, embora eu não saiba explicar isso, parece que o notebook[bb] ficou mais rápido com Beryl. Talvez seja apenas impressão minha, por conta dos efeitos visuais. Não sei.

Claro, nem tudo são flores. Tive problemas ao tentar tocar vídeos usando drivers GL. E o Internet Explorer, instalado no wine usando o ies4linux, fica uma carroça quando estou rodando o Beryl. Mas, de resto, fiquei realmente impressionado com o resultado.

Ensinando crianças a programar

Acabo de ler:

Why Johnny Can’t Program

O sujeito conta a sua experiência em ensinar crianças a programar. Ele usou a linguagem LOGO, que eu também usei em minha infância, e que eu já usei para ensinar crianças a programar.

LOGO é, de longe, a melhor maneira de se ensinar programação para crianças. A metáfora da tartaruga torna a coisa bem divertida, e permite à criança obter resultados interessantes muito rápido.

Para quem usa Linux, uma excelente opção é o kturtle. O Manual do KTurtle é bastante completo e bem escrito.

Preparei um rápido vídeo para que você tenha uma idéia de como funciona. Escrevi o programa abaixo:

clear
pendown
repeat 9 [
  forward 100
  turnright 160
]
penup
turnleft 90
forward 50

Veja rodando:

Se você usa Debian ou Ubuntu, pode instalar o kturtle usando o synaptic. No Ubuntu, pode também fazer, num terminal:

sudo apt-get install kturtle

Gravação de screencast no Ubuntu é com o recordmydesktop

Já tinha usado duas ferramentas para gravar screencasts no Linux[bb]: o xvidcap e o ffmpeg. Dois programas cheeeios de opções. O ffmeg é um programa de terminal para trabalho com mpeg em geral, que além de gravar screencasts faz muito mais. O xvidcap é um programa com interface gráfica, feito para a gravação de vídeos do Desktop, mas nem por isso menos complicado que o ffmpeg para se produzir um screencast.

Descobri recentemente o recordmydesktop, que me faz aposentar os outros dois. No fórum do Ubuntu há link para os pacotes deb. É preciso ter um login no fórum para baixar os pacotes. Baixe e instale os dois (duplo clique deve abrir o pacote no instalador de pacotes do Ubuntu.)
O programa, depois de instalado, vai estar em Aplicações -> Som e Vídeo -> gtk-recordMyDesktop. Experimente. Você vai ver como é sem graça. Descontando o fato de estar em português de Portugal e com os acentos errados, o programa funcionou perfeitamente aqui. Você abre o programa, escolhe a região da tela que quer gravar, clica em “Gravar” e pronto. Há uma série de configurações no botão “Avançado”, mas as escolhas para as opções mais comuns já foram feitas para você, de modo que se você não clicar em “Avançado” e for direto ao “Gravar” o programa deve funcionar perfeitamente.

O programa vai gerar um ogg, cujo nome padrão é out.ogg. Para convertê-lo para um formato DiVX mais fácil de se abrir no (argh!) Windows, você pode fazer:

mencoder out.ogg -o pronto.avi -oac mp3lame -ovc lavc -lavcopts vcodec=msmpeg4v2

Divirta-se.

O YouTube está bloqueado no seu provedor. Fure o bloqueio, mas proteste.

Provedor “legal”:

Acessar o Youtube bloqueado é fácil.

Minha sugestão é que você, além de fazer as coisas que o Falcon Dark sugeriu, entre em contato com o seu provedor de acesso, peça maiores explicações e expresse seus sentimentos a respeito da situação. Sugiro isso porque concordo com o Falcon Dark, as operadoras de telefonia não estão nem aí para o interesse de você, cliente. Então também precisam ser incluídas em sua lista de reclamações.
Entenda aqui que com “provedor” quero dizer a empresa que realmente conecta[bb] você à Internet. No meu caso, a Telefonica, e não o Terra que sou obrigado a assinar por nada.

Acabo de entrar no atendimento da Telefonica:

Shirley Santos : Bem Vindo(a) Elcio, em que posso ajudar ?
Elcio: Olá, não estou conseguindo acessar o YouTube.
Shirley Santos : Boa tarde Sr. Para localizar seu cadastro e melhor lhe atender, por gentileza, informe o DDD, número do telefone e nome completo do assinante da linha.
Elcio: (omitido)

Elcio: Shirley? Está ainda aí?
Shirley Santos : Por uma ordem judicial foi determinado o bloqueio ao acesso do site YouTube (www.youtube.com) por todos os provedores de internet no Brasil.
Elcio: Sério? Porque?
Shirley Santos : Refere-se a uma ação judicial.
Shirley Santos : Há mais alguma dúvida em que posso ajudar?

Elcio: Na verdade, sim. Eu gostaria de entender melhor porque vocês bloquearam meu acesso aos meus vídeos.
Elcio: Shirley?
Shirley Santos : Senhor,o site foi bloqueado por motivos judiciais o que não refere-se especificamente a “Telefônica” e sim por uma Ordem Judicial.
Shirley Santos : Verifique essas informações no próprio site.
Elcio: em qual site?

Shirley Santos : Site YouTube.
Shirley Santos : Aparece as informações referente o ocorrido.
Elcio: Na verdade, apenas diz que se trata de uma ação judicial.
Elcio: Eu estou querendo mais informações da parte de vocês, de quem eu contratei o serviço de acesso. Quero entender o porque disso.
Elcio: Tenho videos lá, que uso no trabalho. Estou impedido de trabalhar por isso.

Elcio: Preciso entender melhor o problema, saber o que posso fazer para recuperar meus vídeos.
Elcio: Preciso entender também se é política da Telefonica fazer esse tipo de bloqueio sem avisar previamente seus clientes.
Shirley Santos : Este bloqueio se refere ao cumprimento do ofício nº 07/2007 processo 583.00.2006.204563-4, assinado pelo merítissimo Juiz de Direito Dr. Lincon Antônio Andrade Moura, por decisão da Quarta Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de Sâo Paulo e, portanto, não se refere a um problema técnico por parte da Telefonica e sim ao cumprimento de uma determinação judicial.
Elcio: Tenho medo de que, no futuro, meu próprio site seja bloqueado, ou coisa assim, entende?
Elcio: Sim, esse é o texto que eu já li, Shirley.

Elcio: Não sei se você entendeu minha preocupação.
Elcio: Eu faço sites[bb], e vendo através de meu site. E tenho medo de que, numa pendenga judicial qualquer, a Telefonica bloqueie meu site.
Elcio: Ou o de algum cliente.
Elcio: Preciso entender melhor qual a política da Telefonica em relação a esse bloqueio.
Elcio: Shirley, está aí ainda?

Elcio: Shirley?
Shirley Santos : As informações que me cabem orientá-lo já foram informadas se houver dúvidas referente ao Processo Judicial compareça a um Fórum e lhe informarão precisamente o porque do processo.
Shirley Santos : Há mais alguma dúvida em que posso ajudar?
Shirley Santos : Caso haja mais alguma dúvida, por favor, retorne o contato. A Telefônica agradece, tenha uma Boa Tarde!
Em seguida fui desconectado do chat e até agora não consigo voltar.

Preste atenção à qualidade do atendimento recebido. Acordo pela manhã, tento acessar um site em que tenho vários vídeos[bb] armazenados, e recebo uma mensagem da empresa que eu contratei para ter acesso a Internet dizendo que não posso acessar meus vídeos por causa de uma ação judicial. A mensagem não dá detalhes sobre o bloqueio, ou sobre a política da empresa em bloquear sites.

Procuro a empresa para ter mais explicações, uma vez que tenho medo de acordar amanhã e não conseguir acessar meu próprio site. A resposta que recebo é: “tudo que tinha que ser dito já foi dito, e se você quiser saber mais, procure um fórum.”

Se você está tão incomodado quanto eu, escreva ou telefone, reclame. Se reclamarmos juntos, podemos fazer alguma coisa em prol do fim da censura. Você pode escrever:

  1. Para o pessoal do Supremo Tribunal Federal. Escreva pedindo o fim da censura no país.
  2. Para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. É aqui que a decisão foi tomada. Explique para eles o que é a Internet, diga que o YouTube é um site em que os usuários publicam o conteúdo e que, se alguém tem que ser penalizado, é a pessoa que publicou o vídeo lá, e não você. Explique que o YouTube fez o possível para bloquear o vídeo, que inclusive não está lá agora. Conte de sua alegria ao descobrir que não consegue acessar seus próprios vídeos por causa da digna e respeitável senhora e seu não menos digno namorado.
  3. Para o seu provedor, pedindo explicações a respeito do bloqueio e da política deles em bloquear os sites. Expresse sua alegria pelo fato de eles não terem avisado a tempo de você poder salvar seus vídeos que estavam lá. Não aceite “procure um fórum” como resposta. Você assinou um contrato com quem, afinal?
  4. Para a MTV. E para qualquer outro lugar que ameace contratar ou mesmo entrevistar Daniela Cicarelli. Conte-lhes a respeito da vergonha que você tem dessa história toda, e tente mostrar como é ruim para a imagem deles dar emprego a quem prejudicou toda a Internet brasileira (além de ser uma desavergonhada.)
  5. Para a Cicarelli. Alguém tem o e-mail dela?

Depois conte para a gente se obteve resposta de alguém e que resposta foi.

PS: Se você tem talento e disposição para criar uma “mensagem-modelo”, com campinhos para preencher e enviar, principalmente para os tribunais, por favor faça isso. Você vai estar ajudando muito com um pouquinho de seu tempo.

PS2: Parece que o tal juiz voltou atrás. A decisão deve ter mexido com gente demais, talvez inclusive os familiares do próprio juiz ;-) Não deixe de protestar porque o site voltou ao ar. Seu provedor precisa de uma política definida para quando esse tipo de coisa acontecer, e precisa te atender bem. Quem sabe quando será a próxima loucura dessas?

Mais: