Aprenda os fundamentos: cores no CSS

Quando você se deparar com algum tipo de código, tenha a curiosidade de decifrá-lo.

Me impressiono com a quantidade de programadores que precisam escrever CSS com regularidade e nunca pararam para entender o significado dos código de cores.

É simples: uma cor RGB é composta de três números, representando as cores vermelho (R), verde (G) e azul (B). Cada um desses números pode ir de 0 a 255 (1 byte).

Então o vermelho vivo é:

rgb(255, 0, 0)

Que também pode ser escrito como:

rgb(100%, 0, 0)

Ou, em hexadecimal (255 = FF):

#FF0000

As cores que podem ser “arredondadas” para duplas de letras iguais, como essa, podem também ser escritas assim:

#F00

E é isso. Da próxima vez que você escrever uma cor, vai saber o que significa. Agora pesquisa sobre RGBA, você via ver como fica fácil entender.

Mas não é só sobre cores. Faça isso sempre que se deparar com qualquer tipo de código, tente entender o que ele significa, você vai gastar um pouquinho de tempo no início, mas a vida vai ficar muito mais fácil depois.

Seja conservador (não, não é sobre política)

Eu tenho andado por aí com um caderno. Não um desses Moleskines descolados. O meu é um clássico Tilibra de dez matérias, que você pode comprar por doze reais em qualquer papelaria.

Durante milênios a humanidade, ou a parte dela que tinha o privilégio de saber escrever, escreveu a mão. Eu, que vivo de tecnologia, acho uma maravilha poder escrever com um teclado, como estou fazendo agora.

Mas percebi que alguma coisa diferente deve acontecer no cérebro quando a gente escreve a mão. E isso está me fazendo um bem enorme.

A gente usa teclados há duas gerações. Telas touch, há uns quinze anos.

Talvez, daqui a cinquenta anos, a humanidade esteja lamentando o quanto a gente perdeu por deixar de escrever e terceirizar nossa memória. Por deixar que os alunos simplesmente tirem fotos da lousa ao final da aula.

Talvez não. Mas por que correr esse risco? Você pode continuar usando teclados, esfregando suas digitais em pequenas telas de vidro ou falando com seu telefone. Mas experimente o velho e bom papel com caneta, pode funcionar pra você.

Quanto mais óbvio, melhor

Quando você está escrevendo código, pense sempre em quem vai ter que lê-lo no futuro. Pode ser você mesmo. Pode ser você mesmo, daqui a cinco, às duas da manhã, correndo para consertar um bug.

É por isso que padrões e convenções são uma ideia tão boa.

Quanto tempo você já passou olhando o código de alguma aplicação, tentando descobrir onde estão as coisas? No web2py, um dos meus frameworks favoritos, quando você cria uma nova aplicação, a pasta de código se parece com isso:

Aplicação nova em web2py, ainda sem nenhum código.

Web2py é um framework MVC, que, você sabe, é a sigla para model, view e controller. Para acessar o banco de dados você escreve um model. E como se chama a pasta onde estão seus models? Ok, models. E as regras de negócio devem ir num controller. E onde estão seus controllers? Na pasta controllers, claro. E as views na pasta views.

Zero esforço para entender, zero esforço para decorar.

Eu sei que é bem pouco esforço decorar que, no seu novo framework da moda, as views estão dentro de /presentation/templates/html, os controllers em /app/core/controllers e os modelos em /persistence/rdbs. Mas pouco é infinitamente mais do que zero. E, acredite, esses pequenos esforços, somados, fazem um bocado de diferença.