Patentes

A questão da propriedade intelectual é discutida no mundo inteiro e ganha cada vez mais importância à medida que músicas, filmes e softwares vão sendo transformados em produtos mais valiosos que bens físicos.
Embora ache muito interessante, não quero entrar na discussão sobre a natureza de coisas como software ou música, e se a pessoa que os produz desenvolve produtos ou presta serviços.
Agora, convenhamos, o sistema americano de patentes é ridículo. Permite-se patentear, além de produtos, as formas de produzí-los e as idéias que os geraram. Há, por exemplo, um sujeito escrevendo para os desenvolvedores de jogos de computador reclamando seus direitos, por que, diz ele, patenteou os jogos de cartas por computador. Ou seja, se você quiser desenvolver um buraco eletrônico, ou um truco virtual, precisa pedir permissão (e pagar) ao sujeito porque ele é dono da idéia de criar jogos de cartas para computador. Resta saber se a patente também se estende ao tarot online 😉

Mydoom

“Entenda o affair MyDoom, Linux e SCO Group”, “Nunca vi um vírus se alastrar tanto…”, “Pergunta que não quer calar” (me perguntei a mesma coisa, até escrevi pra um provedor, que me me respondeu dizendo que eu tinha razão e agradeceu a sugestão), “MyDoom ganha versão mais potente”, “Mydoom parece ter sido criado na Rússia”, “Não é preciso clicar para pegar o Mydoom-B”, “Microsoft também oferece recompensa pelo Mydoom”…

O futuro do email

Artigo interessante do Vicente Tardin no WebInsider, mostra como usar email está se tornando um assunto para especialistas hoje em dia. Spam e vírus estão tornando tarefa cada vez mais difícil ter uma caixa postal. Um trecho do artigo:

Uma pessoa da família tem quase 80 anos e muitos amigos em vários países. O e-mail seria ideal para ela, me dizem. Não sei não. Ela precisa ser alertada que vai receber muito spam, que não deve acreditar no que vem escrito, que a mensagem do Banco do Brasil pedindo senha do cartão é um golpe horrível, que não se clica em anexos antes de certificar que não são executáveis, mesmo vindo de pessoas conhecidas… Estou exagerando?

Não, não está, Vicente. Hoje falei com um cliente por telefone. Ele “acha” que pegou vírus[bb]. Com essa quantidade absurda de emails com e sobre vírus em sua caixa postal, ele está seriamente desconfiado que sua máquina está com vírus. Trabalha conectado o dia todo, usa o email como ferramenta de trabalho, precisa da internet para pesquisar. Mas não faz a menor idéia de como descobrir se seu computador tem ou não vírus, do que é exatamente um vírus ou de como limpar sua máquina. Não é o tipo de nerd que consegue clicar em “veja aqui como remover o Mydoom” e entender o que está escrito. Pelo contrário, já o vi clicar em Spam algumas vezes 😉
Bill Gates acha que o spam vai acabar em dois anos, e propõe, para solucionar o problema, novos sistemas de envio de mensagens, o pagamento de uma taxa por cada email recusado como spam e sistemas “incomodantes” como o anti-spam do UOL (argh!).
O Velho propõe que, para usar email, a pessoa tenha que primeiro ser habilitada.
E você, o que proporia para a senhora do artigo do Vicente Tardin?
Antes de tudo, convenhamos, é um assunto muito complexo.
Agora, antes de oferecer minha sugestão, deixe-me mostrar minha experiência. Não sei o que é spam e vírus há meses. Sequer sou incomodado com spam ou com o absurdo fluxo de emails com vírus nessas épocas de epidemias. Qual o segredo? Uso Linux e bogofilter. O bogofilter tem obtido aqui um número muito baixo de falsos negativos e, acreditem ou não, nenhum falso positivo até hoje. Levei menos de meia hora para instalá-lo e treiná-lo. E se passa algum vírus como falso negativo, continuo sem medo, por usar Linux.
Minha sugestão? Instalar uma cópia de Linux com browser, mailer e pacote de escritório em cada computador de cada senhora idosa que gostaria de ter um email.
Você pode estar se perguntando se as pobres velhinhas vão conseguir instalar, configurar e manter computadores com Linux. Pois quantas senhoras de 80 anos você conhece que conseguem instalar o WindowsXP, fazer Windows Update ou manter seu antivírus atualizado? Alguém vai ter que instalar e configurar o sistema para elas, seja Linux[bb] ou aquele outro.
Talvez seja até um serviço interessante de se oferecer, quem sabe junto com a conta do provedor. Você paga um valor por mês e alguém mantém, via SSH, seu computador sempre atualizado e funcionando bem. Tenho alguns amigos que de vez em quando me imploram por uma visita técnica e que assinariam um serviço como esse de muito bom grado.
Bom, talvez minha idéia pareça absurda para você. Alguém tem alguma boa sugestão?

Please Sir May I Have a Linker?

Eu sempre reclamei de sistemas de instalação como o RPM, que ocasionalmente presenteiam o pobre usuário com uma lista inexplicável de dependências de pacotes, sem dar a menor idéia de onde podem ser obtidos. Cheguei a dizer em alguns news groups que o sistema de instalação “setup.exe next next finish” era algo que o Linux devia aprender.
Isso foi até eu conhecer o Debian. Praticamente tudo o que eu preciso instalar está disponível através do comando apt-get install seja-lah-o-que-for. E boa parte das coisas que eu já quis instalar estava disponível num conveniente pacote .DEB, cujas dependências estavam disponíveis na base do apt e foram resolvidas garbosamente pelo meu sistema.
Sim, eu sei, seu Conectiva também tem apt. Mas não tem quase nada de interessante lá. Até a última vez que eu olhei a versão que eles tinham do Licq sequer baixava sua lista de contatos da web.
Agora, coisa interessante é quando alguém resolve andar pra trás. Me aborrece muito ter que distribuir as aplicações que ainda faço ocasionalmente em VB junto com a VB Runtime. Mas dessa vez a Microsoft se superou! Concordo com o Joel em gênero, número e grau.

Navegando

Fórum do Tableless

Colocamos no ar ontem: Fórum Tableless.com.br.
Eu prefiro interagir através de listas de discussão, mas como muita gente nos escrevia pedindo por um fórum, resolvemos fazer um. Baixamos o Snitz, o único OpenSource bom que eu achei em ASP[bb]. A instalação foi surpreendentemente simples. Copiei os arquivos para o servidor, mudei a connection string e pronto, o Snitz fez tudo sozinho, criou as tabelas, testou o banco, perguntou o login e senha do admin e começou a rodar. Muito bom mesmo.
A única ressalva é que o Snitz não tem nenhum sistema de templates, então é um parto traduzir ou mudar o layout (ele permite configurar cores e fontes no módulo administrativo.) Logo, por enquanto, ficamos com o fórum cheio de tabelas e em inglês mesmo 😉

Registro aleatório no Access

SELECT TOP 1 CAMPO FROM TABELA ORDER BY RND(NOW()+IDDATABELA)
Ahá, descobri! Porque ninguém me contou isso antes? (Acabei de inventar, se você conhece um jeito melhor, por favor me avise.)
UPDATE: Testei ontem num OLEDB e funcionava, fui testar hoje num Jet com uma tabela menor e não funcionou nem a pau. Uma lidinha na documentação do Access[bb] me levou a: SELECT TOP 1 CAMPO FROM TABELA ORDER BY RND(INT(NOW*IDDATABELA)-NOW*IDDATABELA)
Essa funcionou em todo lugar que eu testei.