Flash 10 no Linux

Ao contrário do Luis Eduardo Fernando, tenho sido nos últimos anos um feliz usuário de Linux. Funcionava tudo, ou quase. Tenho um LG R405[bb]. Funciona o controle de bateria, de velocidade do cooler, brilho da tela, tenho volumes independentes para o microfone e caixa de som embutidos, e microfone e caixa de som externos. Funciona rede com e sem fio, o modo de hibernação, mouse externo, pen-drive, o modem da Claro[bb], impressora, e tudo mais que precisei.

O Ubuntu é tão simples de configurar e usar na interface gráfica, sem precisar abrir o terminal, que o pessoal aqui faz uma piada chamando-o de “Microsoft Ubuntu”. Mas faltava uma coisa. A versão 9 do Flash Player que a Macromedia disponibiliza tem alguns problemas no Linux. Os dois principais são a falta do window mode transparent, o que faz com que aqueles sites que tem um “layer” Flash sobre o conteúdo fiquem bem estranhos, às vezes impossíveis de usar, e a falta de suporte a v4l2. A v4l2 (Video 4 Linux 2) é a biblioteca que faz funcionar a maioria das webcams. Ou seja, minha webcam funcionava em todos os programas, menos no Flash Player. Isso me impedia de, por exemplo, fazer streammings no UStream.

O problema foi resolvido. Você pode baixar a versão 10 do Flash Player direto do site da Adobe. Com ela temos window mode transparent, e minha webcam está funcionando que é uma beleza.

E, para aqueles que têm medo de terminal, a instalação é extremamente simples. Baixe o “.deb” para Ubuntu, salve no Desktop (ou onde você preferir) e dê um duplo clique. Vai aparecer o instalador de pacotes, com as informações do pacote e um único botâo, “Instalar Pacote”. Clique nele, coloque sua senha de administração, espere a instalação terminar e reinicie o Firefox.

Integrando o Vim com ferramentas externas

Depois que comecei a usar o Vim nas palestras em que eu escrevo código, muita gente começou a me escrever com dúvidas sobre o editorzinho. Apesar de eu dizer nas palestras que Vim é complicado, parece que o pessoal não tem medo. E a dúvida mais freqüente é sobre a integração entre o Vim e ferramentas externas, principalmente o txt2tags.

Faz parte da filosofia Unix que um programa seja facilmente integrado a outros através de interfaces de texto, e o Vim implementa isso muito bem. Para começar, abra o Vim e execute:

:!ls

Você vai ver que o Vim vai executar o comando ls. Então guarde isso, o sinal de exclamação (!) executa comandos externos. Há duas maneiras de fazer o Vim falar com esses comandos. A primeira é mandar o Vim ler a entrada do comando. Digite:

:r!ls

Você vai notar que o Vim vai executar o comando ls e colocar o conteúdo no buffer de edição. A outra maneira de fazer o Vim falar com os programas externos é selecionar texto. Aperte i para ir para o modo de edição e digite:

zebra
tesoura
banana
macaco
felicidade
abacate

Ao terminar de digitar, pressione ESC para voltar ao modo de comando, em seguida SHIFT+V para ir para o modo de seleção de linha e selecione todo o bloco. Com o bloco selecionado, digite:

:!sort

O vim vai colocar, antes do comando, os sinais de seleção ‘<,'>. Não se preocupe, apenas digite o comando e aperte ENTER. Você vai ver que o Vim vai executar o comando sort do sistema operacional, passando como entrada o texto selecionado, e vai substituir esse texto pela saída do comando. Isso, ao final, vai te dar a lista ordenada, assim:

abacate
banana
felicidade
macaco
tesoura
zebra

Usando essa interface simples você pode fazer o Vim falar com qualquer programa Unix.

txt2tags

O programa que eu tenho usado durante as palestras e mais tem deixado as pessoas curiosas é o txt2tags, desenvolvido pelo Aurélio Marinho. O programa está nos repositórios do Debian, então se você usa Debian ou Ubuntu, pode instalá-lo com o comando:

sudo apt-get install txt2tags

O txt2tags lê as primeiras linhas de texto que recebe como títulos do documento. Além disso, precisaremos de várias opções de linha de comando, o que não é conveniente de se digitar. Então vamos criar um shell script para guardar essas opções e fornecer ao txt2tags linhas de cabeçalho de mentirinha. Eu criei um arquivo chamado tags dentro do diretório /usr/local/bin, com permissão de execução (chmod +x) e o seguinte conteúdo:

#!/bin/bash
(echo "
 
 
 
 
 
" && cat ) | txt2tags -t xhtml --infile=- --no-headers

Em seguida, basta abrir o Vim e digitar, por exemplo:

= Aprenda Online =
A [Visie http://visie.com.br/] oferece cursos de Ajax, Javascript e Tableless.

Em seguida selecione essas duas linhas e execute:

:!tags

Pronto, HTML instantâneo.

Não entre em pânico

Você está usando um terminal conectado a um servidor Unix quando as coisas começam a se comportar de maneira estranha. Depois de algum tempo você descobre o problema. Vai até a mesa de um programador novato e descobre que ele, como root, digitou:

# cd
# rm -rf *

O sujeito percebeu a burrada antes de apagar os diretórios /usr e /users. Nesse caso, /users continha os diretórios home. Mas todo o resto do sistema se foi, incluindo /dev, /etc e /bin.

O que você faria? Para complicar as coisas, esta história aconteceu há um bocado de tempo, numa VAX. Ou seja, não era só fazer um boot com um live-CD, fazer um backup dos dados dos usuários e reinstalar o sistema.

O que fazer? Não entrar em pânico. Uma história e tanto.

Intrusividade Windows

Esses dias precisei desenvolver alguma coisa em Windows para um cliente. Tenho algumas licensas de Windows aqui para essas emergências, então resolvi instalar o Windows XP no VMWare. Diferente da instalação do meu sistema operacional predileto, que está pronto para ser usado em menos de dez minutos, instalar o Windows é uma tarefa bastante dolorosa, que envolve um instalador chato e demorado, ativação, instalação de anti-vírus, anti-spyware, e aplicações básicas como um leitor de PDF, um editor de código, um pacote de escritório e etc.

Tudo isso me faz morrer de medo de ter que instalar meu Windows duas vezes. No dia seguinte ao da instalação desse Windows, o que incluiu a instalação do Flash, do Captivate, do Acrobat e uma porção de outras coisas, uma pessoa me ligou para lembrar de um compromisso. Resolvi desligar o computador e sair imediatamente para não me atrasar. Quando mandei a máquina desligar, veja a simpática mensagem que o Windows me mostrou:

Instalando atualização 13 de 85 (Windows XP)

Que ficava alternando com essa outra:

Não desligue ou desconecte o computador; ele será desligado automaticamente. (Windows XP)

Foram eternos 43 minutos nisso. E eu morrendo de medo de desligar e estragar minha instalação do Windows, esperei. Pode ser que eu esteja enganado, mas não me lembro de o sistema ter me perguntando se eu gostaria de instalar nesse momento as atualizações que ele baixou, ou de sequer me avisar antes que minha máquina precisava permanecer ligada.

Perdi meu compromisso e passei muita, muita raiva. Sistema operacional simpático.

Photoshop agora roda bem no Linux

Google Sponsors Wine Improvements

O Google usa o Wine para oferecer o Picasa, seu gerenciador de fotos, para usuários de Linux. Para isso, o Google financiou o pessoal da CodeWeavers, que desenvolve o Wine. Wine é uma implementação da API do Windows para Linux, muito útil para usuários que querem migrar para Linux mas ainda dependem daquele software que só roda em Windows. E o software que mais impede gente de migrar para Linux é o Photoshop.

Impedia. O Google também pagou à CodeWeavers para melhorar o suporte ao Photoshop no Wine. De quebra, as melhorias feitas ainda ajudaram a rodar uma porção de outros softwares no Linux, entre eles o Flash. Meu amigo DGMike está agora um passo mais perto da migração total 😉

O que eu fico me perguntando é porque o Google fez isso? Para diminuir seu custo com licenças de Windows? Ou para jogar sua pá de terra na Microsoft?

De qualquer maneira, é um exemplo que mostra bem o que é software livre. Software livre não é necessariamente software grátis. Nesse caso, o Google pagou os custos de desenvolvimento. E o mundo inteiro vai ser beneficiado, sem que você precise pagar de novo por algo que já foi desenvolvido.

Dicas de shell: testes unitários e commit

Todas as tarefas relacionadas a contrução, teste e publicação de um desenvolvimento de software[bb] devem ser automatizadas o máximo possível. Escrever software é interar. Você escreve e testa, escreve e testa, escreve e testa dezenas, às vezes centenas de vezes por dia. As tarefas relacionadas a testar o software, de maneira especial, merecem a automatização que for possível dar a elas. Convenhamos, testar é algo muito chato. E se for complicado testar, será uma tentação irresistível para o programador entregar seu código sem testar adequadamente.

Hoje vamos construir um script de commit no subversion[bb] que, antes de enviar o código, executa todos os testes unitários. Vou trabalhar com Python[bb], mas você não deve ter dificuldades em adaptar isso para a sua linguagem de programação predileta.

A primeira coisa importante é que você entenda que todo script executado no shell tem um valor de retorno. Esse valor é retornado pelo comando, e também armazenado na variável especial $?. Veja estes exemplos:

$ echo $?
2
$ ls test
test
$ echo $?
0
$ if ls test2;then echo O arquivo existe.;fi
ls: test2: Arquivo ou diretório não encontrado
$ if ls test;then echo O arquivo existe.;fi
test
O arquivo existe.
$ if ! ls test;then echo O arquivo não existe.;fi
test
$ if ! ls test2;then echo O arquivo não existe.;fi
ls: test2: Arquivo ou diretório não encontrado
O arquivo não existe.

Os testes foram construídos usando o módulo para testes unitários unittest do Python. Cada teste está, no diretório do projeto, junto do arquivo de código que ele testa. E o nome dos arquivos de teste sempre começam com “test”. Assim, o arquivo connections.py é testado pelo testconnections.py.

Veja então nosso shell script, salvo com o nome de commit, que será usado durante todo o projeto para rodar os testes antes do commit:

#!/bin/bash
 
# Começamos com um contador de erros em zero
erros=0
 
# Encontramos cada um dos testes
for i in `find -name "test*.py"`;do
echo TESTANDO: $i
echo
 
# Se o teste falhar, incrementamos a variável erros
if ! python $i;then
erros=$(($erros + 1))
fi
 
echo
done
 
# Se os testes passaram, fazemos commit, caso contrário
# avisamos o usuário
if [ $erros == 0 ];then
# Esse $* passa os parâmetros de linha de comando recebidos para o svn.
svn ci $*
else
echo Testes falharam, commit cancelado.
fi

Tendo feito isso, e colocando esse script em /usr/local/bin, o programador vai trocar svn ci por commit, e os testes serão feitos automaticamente antes do commit. Ele também pode passar parâmetros do svn para o script:

commit -m "Criei o link espacial com saturno"

Editores de código para Linux

Nosso amigo pergunta por e-mail:

Boa Noite Elcio, Me desculpa me fazer essa pergunta que varias pessoas ja dever ter feito é que pesquisei e não encontrei, a pergunta é qual editores você indica para linux?
uso o editplus no windows.

Como a resposta deve servir para mais gente, publico aqui.

Eu uso o Vim. Mas, como eu costumo dizer para o pessoal aqui, Vim não é para qualquer um. Se você quer aprender, um bom lugar para começar é a página do Aurélio sobre Vim (VI). Mas eu já vou avisando, embora seja muito produtivo e eu esteja completamente viciado nele, Vim não é fácil. É um editor modal, em interface texto, e leva algum tempo para aprender a usá-lo.

Para quem me pergunta sobre editores no Linux, costumo recomendar o Kate.

Kate

Entre os recursos legais do Kate estão o auto-completar, que funciona de um jeito bem diferente da maioria dos editores lendo o texto que você já digitou, a integração com o terminal, a possibilidade de navegar e editar arquivos diretamente via FTP ou SSH, os trechos de código, a seleção de bloco, um excelente replace com expressões regulares.

Se você usa Ubuntu, instale também os pacotes kate-plugins e konq-plugins. Se quiser o Kate em português instale também o kde-i18n-ptbr. Para configurá-lo, vá em Configurações, Configurar Kate. Eu costumo usar assim:

  • Sessões, Comportamento ao Iniciar o Aplicativo: Iniciar uma nova sessão
  • Seletor de Arquivos: Eu adiciono o botão recarregar à lista da direita
  • Plug-ins: Eu ligo os plugins “Complementação XML”, “Extensão da Barra de Abas”, “Ferramentas HTML”, “Filtro”, “Inserir Comando”, “Navegação Python” e “Trechos de Código”.
  • Aparência: ligo “Mostrar o Número de Linhas”
  • Editando: ligo o “Inserir espaços ao invés de tabs” e coloco “Largura da tab” como 2. Também marco o “Remover espaços finais”.
  • Identação: coloco “Modo de Identação” em “Estilo Python” e marco “Usar espaços para identar, ao invés de tabs”
  • Abrir/Salvar: ligo “Remover espaços finais”
  • Plug-ins: ligo “Busca Incremental” e “Complementação de Palavras”. No segundo, clico em “Configurar…” e coloco a quantidade de caracteres em 2.

No “Navegador para Sistema de Arquivos” você vai ver uma estrelinha, que te dá acesso aos favoritos do Kate. Para adicionar um servidor FTP, adicione um favorito assim:

ftp://usuario:senha@servidor.com.br/pasta/

Para um servidor SSH, a sintaxe é a mesma, trocando “ftp://” por “sftp://”.

Entre os recursos mais legais do Kate está a integração com comandos shell. Digamos que você queira ordenar determinada lista em seu código. Você seleciona a lista, digita CTRL+\, escreve o comando “find” e dá OK. Bom, você já entendeu, no lugar de find poderia ir qualquer comando do Linux, mesmo uma combinação deles.

Outros Editores

Outros editores que eu costumo recomendar são:

  • Gedit: o editor padrão do Gnome, parece um bloco de notas não é? Então instale o pacote gedit-plugins, depois abra o gedit e vá em Editar, Preferências, Plug-ins. Divirta-se.
  • Komodo: se você não consegue viver sem auto-completar, checagem de sintaxe, tutoriais e assistentes, preview de HTML, macros e muitos botôes e barras de ferramentas, o Komodo é o seu editor. As marcos são escritas em Javascript e você pode criar extensões XPI com XUL, igualzinho ao Firefox. Além disso, o Komodo é multiplataforma. Você pode ter seu editor, com suas macros e extensões, funcionando igualzinho em Windows, Linux e Mac.

Naturalmente, além desses existem dezenas de boas opções de editor de código para Linux. Se você tem alguma dica muito boa, não deixe de comentar.

Dicas de shell: find

Um dos comandos mais úteis no gerenciamento de arquivos no terminal do Linux[bb] é o comando find. Ele permite realizar e automatizar tarefas que na interface gráfica levariam muito tempo. Executar o comando find sem argumentos faz com que ele liste todos os arquivos do diretório atual e de seus subdiretórios.

Para procurar dentro de um diretório específico, informe o caminho ao find:

find caminho/onde/procurar

O find recebe uma série de parâmetros úteis. É bom lembrar que o diretório de procura precisa ser sempre o primeiro parâmetro. Assim, para procurar por todos os arquivos de extensão bak no diretório atual, faça:

find -name "*.bak"

E para procurar dentro de um diretório específico, use:

find caminho/onde/procurar -name "*.bak"

O find permite a você construir uma série de expressões de procura e operação com os arquivos, algumas bastante complicadas (e poderosas). Vamos dar uma olhada em algumas bem simples. Para apagar os arquivos, use -delete. Então, para apagar todos os arquivos bak no diretório atual e em seus subdiretórios, faça:

find -name "*.bak" -delete

Você também pode passar parâmetros numéricos, que funcionam segundo a seguinte lógica:

  • Um número sozinho significa exatamente aquele número, por exemplo: 3
  • Com um sinal de mais, significa maior do que aquele número: +3
  • Com um sinal de menos, significa menor do que aquele número: -3

Para ver uma lista dos arquivos modificados há menos de três dias, faça:

find -mtime -3

Para ver os que foram modificados a mais de três dias, inverta o sinal:

find -mtime +3

As expressões mais comuns para uso com tempo são:

  • -amin – quando o arquivo foi acessado, em minutos.
  • -atime – quando o arquivo foi acessado, em dias.
  • -cmin – quando o arquivo foi criado, em minutos.
  • -ctime – quando o arquivo foi criado, em dias.
  • -mmin – quando o arquivo foi modificado, em minutos.
  • -mtime – quando o arquivo foi modificado, em dias.

Outras expressões bastante úteis são:

  • -regex: funciona como -name, mas recebe uma expressão regular[bb].
  • -size: filtra pelo tamanho do arquivo. É um número seguido de uma letra. As mais comuns são: c – bytes, k – kilobytes, M – megabytes e G – gigabytes.

Por fim, você também pode mandar o find executar operações nos arquivos. Foi o que fizemos no início, quando usamos -delete para apagar arquivos. Dentre as operações, minha predileta é a -exec.

Quando você coloca -exec numa linha de comando do find, tudo o que vem depois até o próximo “;” é entendido pelo find como um comando, que ele vai executar para cada um dos arquivos encontrados. É obrigatório colocar “;” para terminar o comando, se você se esquecer vai receber o seguinte erro:

$ find -exec ls
find: faltando argumento para `-exec'

Onde você quiser passar para seu comando o nome do arquivo, use {}. Por exemplo, para tirar a permissões de execução de todos os arquivos TXT na busca, você pode fazer:

find -name "*.txt" -exec chmod -x {} ";"

Isso vai executar, para cada um dos arquivos encontrados:

chmod -x ARQUIVO ;

O último truque que eu gostaria que você guardasse na manga é que você pode combinar o find com o excelente comando grep. Grep faz buscas dentro de um arquivo. Com o parâmetro -l o grep apenas lista o nome do arquivo se a expressão regular de busca for encontrada. Então, para encontrar todos os arquivos python[bb] que contém o texto “urllib” você pode fazer:

find -name *.py -exec grep -l urllib {} ";"

O find, é claro, tem muito mais recursos e opções. Se quiser mesmo se aprofundar, man find.

Por que o arquivo ISO abre no compactador de arquivos?

Olha que coisa interessante, a Marcelle Ramalho resolveu experimentar o Linux. Pelo texto, dá para perceber que ela é bem iniciante em informática, e sem nenhum contato com o Linux[bb]. Veja esse trecho:

Baixei o arquivo da internet e meu primeiro baque foi gravá-lo em CD. O arquivo é compactado e eu prontamente descompactei-o, pois me parece uma coisa lógica a se fazer. Nada como um arquivo descompactado, não é mesmo? Pelo visto não era tão lógico, já que ao falar para o meu “personal Linux teacher” o que tinha feito ele levou uns minutos para responder: “QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE?”

Sim, você entendeu, ela baixou um arquivo ISO e não sabia o que fazer com ele. Essa dúvida é muito comum. E antes de culpar a moça pela desinformação, lembre-se de que ela não tem obrigação nenhuma de saber e foi induzida ao erro pelo Windows[bb], que mostrou o ISO com um comportamento e opções semelhantes ao de um arquivo ZIP, com o que ela já está familiarizada.

E o erro não acontece apenas no Windows. Veja, por exemplo, o que acontece aqui no meu Ubuntu quando eu clico com o botão direito em um arquivo ISO:

Arquivos ISO devem ser gravados em CD, não descompactados

Por que o “Criador de CD/DVD” não é a primeira opção? É muito útil poder abrir um arquivo ISO no compactador e extrair arquivos de lá de dentro, mas quantas vezes você realmente usa isso? A esmagadora maioria das vezes que alguém tem um arquivo ISO, quer simplesmente gravá-lo em CD.

Resolvendo o problema no Ubuntu

Para resolver o problema de verdade, o pessoal do Ubuntu precisaria modificar a distro para que a ação padrão para arquivos ISO seja gravar em CD. Mas você pode fazer isso em seu sistema, de maneira que possa gravar arquivos ISO com um duplo clique. Para isso, clique com o botão direito em um arquivo ISO e escolha “Propriedades”. Na janelinha que vai se abrir, clique na aba “Abrir com” e escolha o “Criador de CD/DVD”. Assim:

abrircom.gif
Pronto, agora duplo clique em arquivos ISO vão abrir no gravador de CD.

Que venham os leigos

Entre os comentários no artigo da Marcelle, há algumas pessoas que fazem questão de deixar bem claro que ela deveria saber o que é um arquivo ISO, que isso é coisa básica e que ela não deveria tentar peripécias no computador sem primeiro estudar o assunto. Teve até um camarada que sugeriu que ela primeiro lesse o Guia Foca Linux. Essa idéia é um absurdo!

Eu aprecio muito o Guia Foca Linux. Aprendi muita coisa com ele. Mas, definitivamente, não é para qualquer um. Dê uma olhada, por exemplo, na versão para iniciantes. São dezesseis capítulos, ensinando coisas como editar o fstab e gravar os dados do cache RAM em disco editar o .bash_profile dentro do /etc/skel e configurar o iptables para filtrar pacotes pelo mac address, tudo pela linha de comando. Ora, a pessoa só quer acessar a web, editar documentos, assistir DVDs e ouvir música, não é pedir demais querer que ela leia isso tudo primeiro?

Vamos deixar as coisas bem claras: eu e você lemos o manual de cada um de nossos aparelhos, muitas vezes antes de ligar e tentar usar. Nós sabemos ligar o closed caption da TV, programar as memórias do telefone e desligar o flash da câmera digital[bb]. Nós somos nerds. A esmagadora maiora das pessoas não lê os manuais, e é muito feliz assim!

Se você quer reclamar das pessoas que não lêem o manual, vá em frente. Vai gastar um bocado de tempo e energia para nada. Nossa obrigação, como nerds espertos, é desenvolver sistemas tão fáceis que pessoas que não lêem o manual consigam usar.

UPDATE: Conforme o Hudson apontou, eu tinha feito conversão entre as versões do Foca. Corrigido. Obrigado, Hudson!

Ssh, sftp e rsync em porta diferente do padrão

Levei mais tempo do que devia para achar essa solução, então vou deixar registrada aqui, pois pode ter mais gente atrás disso. O protocolo ssh é muito popular no mundo Unix. Com ele você pode administrar seu servidor à distância. O tráfego de dados ssh é todo criptografado[bb], e o protocolo é bastante seguro. Mesmo assim, se você tem usuários em sua máquina com senhas fracas, corre o sério risco de sofrer um ataque de dicionário.

Entre as principais recomendações para tornar seu servidor mais seguro estão:

  • Evite senhas fracas: faça com que seus usuários tenham senhas fortes e não óbvias;
  • Não permita o login como root: assim, para fazer alguma coisa realmente perigosa, um invasor teria que descobrir duas senhas ao invés de uma. No Ubuntu, edite o arquivo /etc/ssh/sshd_config e altere a linha PermitRootLogin para:
    PermitRootLogin no
  • Mude a porta do serviço ssh: a porta padrão para o serviço ssh é a 22. Trocá-la vai dar algum trabalho a um possível invasor. Para isso, no Ubuntu[bb], edite o /etc/ssh/sshd_config e altere o número na linha Port para a porta desejada:
    Port 999

Para se conectar ao servidor, use:

ssh -p999 servidor

Como o protocolo ssh é robusto, seguro e flexível, há vários serviços que rodam sobre ele. Entre os mais populares estão o sftp e o rsync. O sftp é um serviço de ftp sobre ssh. A principal vantagem dele em relação ao ftp comum é que o tráfego é criptografado. Já o serviço rsync é genial, serve para manter sincronizadas cópias de arquivos e diretórios em máquinas diferentes.

Para se conectar via sftp com uma porta diferente da 22, use:

sftp -oPort=999 servidor

Para fazer rsync via ssh numa porta diferente da 22, use:

rsync --rsh='ssh -p42' arquivolocal servidor:/caminho/para/o/arquivoremoto

Ubuntu chega oficialmente ao Brasil

Boa notícia: Ubuntu chega oficialmente ao Brasil.

“Nossa estratégia será fechar parcerias com fabricantes para oferecer o Ubuntu pré-instalado e pré-configurado, faturando com suporte, serviços, segurança e atualização.”

Vem em boa hora. Um funcionário meu comprou um notebook[bb], um Presario v6210br, que veio com Mandriva. O suporte é uma piada. Não conseguíamos conectar em redes com chave WEP, apenas redes abertas. Em todas as ligações que fizemos os atendentes nos disseram que, se o computador conecta em uma rede e outra não, o problema é na rede, e eles não prestam suporte a configuração de redes. Mesmo argumentando que os outros notebooks na empresa, com Linux[bb] e Mac OS, se conectam normalmente à rede.

Parece que eles colocam Linux nessas máquinas só para reduzir custos, mas não esperam que ninguém vá usar realmente o sistema. A qualidade da instalação é entristecedora. Veio com a rede wi-fi configurada via ndiswrapper e cheia de problemas, e os drivers para a placa de vídeo 3D simplesmente não vieram instalados. Parece que esperam que todo mundo vá instalar um Windows pirata na máquina.

Quem sabe com uma distribuição de verdade, prestando suporte de verdade, notebook com Linux pré-instalado deixe de ser piada no Brasil.

Deixe seu Linux com cara de Mac OS X

Uma das perguntas que mais me fazem é: como deixar o Linux mais parecido com o Mac OS X? Considero isso um despropósito. O Ubuntu[bb], por exemplo, é lindo, perfeito, não precisa mudar nada.

Mas, tem louco para tudo. Desde gente querendo deixa o Linux com cara de Windows, quanto gente querendo um Windows com cara de Linux.

Bom, então lá vai, se você quer realmente seu Linux com cara de Mac[bb] OS X, siga o tutorial mais completo e paranóico que há. Vai dar um bocado de trabalho, mas o resultado é impressionante:

Make Your Linux Desktop Look Like A Mac – Mac4Lin Project Documentation

Há também uma versão menos detalhada desse tutorial, mas em português.

Instalando o PSE no Ubuntu 7.10 Gutsy Gibbon

O novo Ubuntu[bb] 7.10 está maravilhoso. Até o 7.04 eu usava um hack para fazer funcionar minha placa de rede, agora ela funciona sem truques. O compiz já instalado funcionou sozinho, bem direitinho. O resto tudo também funcionou sem dor. Menos o PSE.

Por algum motivo estranho, a versão do mod_python (3.3.1) desse novo Ubuntu reclama de sei lá o que. A versão anterior (3.1.3) funcionava sem problemas. Dei um jeito aqui de colocar para funcionar. Não sei se é uma boa saída, se alguém tiver uma sugestão melhor, por favor.

Segue a receita de bolo para instalar o PSE no novo Ubuntu:

  1. Instale os pacotes necessários: sudo apt-get install apache2 libapache2-mod-python python-profiler build-essential latex2html
  2. Baixe o PSE: wget http://nick.borko.org/pse/PSE-3.0.6.tar.gz
  3. Extraia o código fonte: tar -xzvf PSE-3.0.6.tar.gz
  4. Entre na pasta: cd PSE-3.0.6
  5. Compile e instale: sudo python setup.py install
  6. Edite o arquivo de configuração do Apache: sudo gedit /etc/apache2/apache2.conf
    Acrescente ao final:
    PythonHandler pse_handler
    AddHandler python-program .pt
  7. Aqui vai o hack: sudo gedit /usr/lib/python2.5/site-packages/mod_python/importer.py
    Encontre a linha 303, que deve ser:
    return __import__(module_name, {}, {}, '*')
    E edite para ficar:
    return __import__(module_name, {}, {}) #, '*')
    Cuidado para não quebrar a identação!
  8. Reinicie o Apache: sudo invoke-rc.d apache2 restart

Pronto, deve funcionar. Aqui para mim foi só isso.

Acentuação em Português e Expressões Regulares Python

Ao utilizar expressões regulares em Python[bb], por padrão, seu texto é interpretado como uma seqüência de caracteres ASCII comum. Assim, caracteres acentuados são considerados sinais gráficos especiais, e não são capturados como letras. Veja este exemplo:


>>> import re
>>> print re.sub(r"\b","|","era uma criança")
|era| |uma| |crian|ç|a|

Como você pode ver, o ce-cedilha não é considerado uma letra, “quebrando” a palavra. Resolver isso é muito fácil, basta compilar a expressão regular passando a flag L, para que ela siga o locale de sua máquina, ou a flag U, para que ela trabalhe com unicode. No meu caso, em que o locale da máquina é unicode, tanto faz. Veja como funciona:


>>> import re
>>> c=re.compile(r"\b",re.U)
>>> print c.sub("|",u"era uma criança")
|era| |uma| |criança|

Só não se esqueça de trabalhar com strings unicode.

IBM Lotus Symphony Bloated Office

A IBM lançou seu pacote de escritórios gratuito, o Lotus Symphony. Instalei aqui para testar. Para começar, ele não é “baseado no OpenOffice.org” como muitos sites por aí andam dizendo. Ele lê arquivos do formato ODF, o formato criado pela OpenOffice.org, e talvez tenha algum código ali realmente aproveitado do OpenOffice.org, mas ele é baseado mesmo é no Eclipse. Sim, é isso que você entendeu, o Symphony é construído sobre o Eclipe, em Java[bb], lento, lento, lento… Leva uma eternidade para carregar e demora um bocado a responder a alguns comandos. Fica praticamente impossível de se usar.

A primeira coisa curiosa é que o instalador para Linux[bb] coloca o programinha que desinstala o Symphony num lugar escondido e não avisa o usuário. Então fica a dica para você que usa Linux e, como eu, instalou o Symphony e se arrependeu o instalador está em:

/opt/ibm/lotus/Symphony/_uninst/uninstaller.bin

Outra coisa interessante é que a interface do programa ficou muito boa. O investimento em usabilidade que a IBM tem feito há anos, o que eles chamam de User Centered Design, tem dado resultado. O problema é que o software é tão lento que é insuportável usá-lo mesmo tendo uma excelente interface.

Se você já é usuário de OpenOffice.org, não vejo nenhum bom motivo para tentar o Symphony. Se não é usuário de OpenOffice.org, por favor, não instale o Symphony. Tente o OpenOffice.org.

Para mim o Symphony serviu mesmo para mostrar o poder de um padrão aberto. Tenho em minha máquina agora três pacotes de escritório: KOffice, OpenOffice.org[bb] e IBM Lotus Symphony, e os três trabalham com exatamente o mesmo formato de arquivo. Sem segredos, sem royalties, sem truques. Inclusive a compatibilidade entre eles é muito boa. E qualquer um pode fazer um programa que trabalha com o mesmo formato.

Veja, por exemplo, como é simples fazer um shell script que exporta um documento ODT para texto:

#!/bin/bash
mkdir .tmp_odt2txt
cp $1 .tmp_odt2txt
cd .tmp_odt2txt
unzip $1
cd ..
sed -e "s/<text:p[^>]*>/\n/g" .tmp_odt2txt/content.xml|sed -e "s/<[^>]*>//g" > $1.txt
rm -rf .tmp_odt2txt

Como estamos falando de um padrão aberto, usamos ferramentas simples disponíveis em qualquer Unix e lemos o arquivo. Tente fazer isso com um documento do Microsoft Word e você vai entender o que eu quero dizer.

Dirty PHP Include, plugin para WordPress que faz include de arquivos PHP em seus posts

Para atender a um cliente, escrevi agora um pequeno plugin para WordPress[bb]. Você pode fazer download do plugin aqui:
https://elcio.com.br/download/dirtyinclude.zip (497 bytes)

Depois, basta descompactá-lo na pasta wp-content/plugins em seu diretório do WordPress. Tendo feito isso, acesse o administrador do WordPress, clique em “Plugins” (“Extensões” na versão em português) e ative o plugin. Pronto, está funcionando.

Para incluir um arquivo em um post basta, ao editar o post, escrever: [[[include:/caminho/ate/seu/arquivo.php]]] e o arquivo será incluído. O caminho é relativo ao diretório base do WordPress. Funciona tanto com o editor visual quanto com o editor de código. Atenção! Se você tem usuários não confiáveis, por exemplo, se permite que seus usuários se cadastrem e postem, não deve usar esse plugin. É perigoso…

Naturalmente, o plugin acaba de ser escrito e não foi exaustivamente testado. Se você tiver sugestões de melhorias ou achar bugs, por favor, avise.

Meus comentários:

  1. WordPress é fantástico! Essa API para a criação de plugins é fabulosa. É muito fácil escrever um plugin que faz bem seu trabalho sem atrapalhar todo o resto.
  2. Continuo não gostando de PHP, mas dá para trabalhar com isso. Se metade do código mundo a fora tivesse a qualidade do WordPress, já ajudaria muito.
  3. Vou dizer de novo: se você não sabe expressões regulares[bb], precisa aprender!

Falha no Password Manager do Firefox?

Veja como essa notícia no Terra explica mal as coisas e espalha o terror:

A versão mais recente do navegador Firefox, a 2.0.0.5, possui uma falha em seu gerenciador de senhas que pode permitir o acesso a elas por sites maliciosos. O problema só se manifesta se o Javascript[bb] e o gerenciador de senhas estiverem acionados – o que é o padrão. Conforme o site Linux.com, a falha pode ser explorada com truques bastante antigos como o cross-site scripting, pequeno programa em um site que manipula objetos na máquina do usuário ou em outro site.

Quem tomar tempo para ler o anúncio da falha vai entender melhor. A falha não é no Password Manager. É uma falha de script-injection e XSS (cross-site scripting). Vou explicar em detalhes: se você tem um site em que os usuários inserem conteúdo, deve tomar cuidado para que eles não insiram javascript no conteúdo. Por exemplo, se os usuários cadastram uma descrição pessoal em seus perfis, e você simplesmente imprime esta descrição, corre sérios riscos. Alguém pode escrever, em sua descrição, algo como:

<script src="http://meusitemalicioso.com/scriptsqueroubamsenhas.js"></script>

Naturalmente, isso é muito perigoso! Não basta bloquear a tag script, você precisa se certificar de que o usuário não insira javascript na página de forma alguma. Por exemplo:

<img src="imagemqualquer.gif"
onload="document.getElementsByTagName('script')[0].src='http://meusitemalicioso.com/scriptsqueroubamsenhas.js'" />

Ou seja, é sua obrigação se certificar de que seus usuários não podem inserir javascript em nenhuma página de seu site. Isso porque o modelo de segurança do javascript está baseado na origem do script. Scripts numa página podem acessar qualquer coisa dentro daquele domínio. Então, se você permite que seus usuários usem a técnica acima, eles podem fazer com que os usuários que acessarem o perfil/post/comentário malicioso:

  1. Tenham suas contas canceladas. Basta que o script crie um iframe oculto, carregue a URL de cancelamento de conta nele, aguarde alguns segundos e clique no botão “Sim, eu tenho certeza”
  2. Tenham suas senhas modificadas. De novo, no frame oculto. Carregando o formulário de mudança de senha, preenchendo e submetendo. Se não houver validação de referer, isso pode ser feito inclusive sem o iframe, usando o objeto XMLHTTPRequest (via Ajax[bb]).
  3. Enviem mensagens para todos os usuários do site, transfira todas as suas comunidades para um determinado perfil, veja o site em cor de rosa com uma foto do Reginaldo Rossi no logo e o que mais o agressor quiser.

Tudo o que eu descrevi acima funciona em qualquer navegador. Não se trata de uma falha no navegador, mas de uma falha no site. Bom, o que o pessoal da heise descobriu é que um agressor pode criar um formulário de login falso, e se você salvou a senha daquele site o Firefox, o Safari e o Konqueror vão preencher o formulário automaticamente. E esse formulário pode ser lido pelo script do agressor. Ora, o sujeito pode virar o site de ponta cabeça, claro que também pode acessar o formulário de login! E isso só não funciona no IE porque ele não tem um password manager 😉

Ou seja, a falha não é do Firefox, mas do site, que permite acesso irrestrito ao atacante. É um site em que você não deveria confiar, que você não deveria acessar, ou pelo menos não deveria acessar com a mesma senha do seu cartão do banco. O fato de um navegador não ter password manager não vai tornar o site mais seguro. A conclusão a que chega o pessoal da heise:

Da perspectiva dos usuários, significa que eles não deveriam confiar suas senhas ao password manager em sites que permitem aos usuários criar suas próprias páginas contendo scripts.

Grande coisa! Você não deveria confiar, de maneira nenhuma, em sites que permitem aos usuários criar suas próprias páginas contendo scripts. Não é só seu password manager que está em risco, e não importa que navegador você está usando.

Python X Java X Smalltalk

Achei muito interessante este artigo comparando a sintaxe de Smalltalk com Java. Implementei os mesmos exemplos em Python, para que você possa comparar a sintaxe:

Problema: cálculo de fatorial

def factorialRecursive(n):
  if n<0:return 0
  if n==0:return 1
  return n*factorialRecursive(n-1)

Ou assim:

def factorialNonRecursive(n):
  if n<0:return 0
  return reduce(lambda a,b:a*b,[1]+range(1,n+1))

A recursividade pode parecer uma solução elegante, mas o consumo de memória é assombroso nesse caso, em qualquer linguagem. Calcular a fatorial de um número grande qualquer pode ser um problema com a recursividade. Por isso, prefira a versão não recursiva.

No novo Python 2.5 você pode fazer:

def fact(x): return (
  0 if x<0 else
  reduce(lambda a,b:a*b,[1]+range(1,x+1))
)

Aqui é difícil dizer qual é mais prática, Smalltalk ou Python. Você pode palpitar sobre qual é mais elegante, uma vez que as soluções são radicalmente diferentes, mas a escolha final é subjetiva.

Problema: imprimir os números de 1 a 10

Eu faria usando os recursos de programação funcional:

print "\n".join(map(str,range(1,11)))

Mas você pode preferir:

for i in range(1,11):
  print i

De qualquer maneira, ponto para o Python[bb] aqui.

Problema: trabalhando com Collections

l=[
  'Em Python,',
  'chamamos as',
  'collections',
  'de "listas"',
]
print "\n".join(l)

Aqui, indiscutivelmente, ponto para o Python.

Problema: mostrar os pares e ímpares entre 1 e 10

for i in range(1,11):
  print i,["is even","is odd"][i % 2]

Novamente, o Python ganha disparado.

Problema: invocar um método via Reflection

É bem fácil:

o=MyClass()
getattr(o,"showMessage")()

Aqui o páreo é duro, Python e Smalltalk correm cabeça-a-cabeça. Na minha opinição, Python ganha por um focinho.


PythonPara saber mais sobre Python recomendo o PythonBrasil.

Além disso, sou professor do Curso de Python da Visie.