Lasagna, o mini-framework

Para mim é difícil dizer quem foi a grande estrela do Intercon 2007: o Luli ou o Twitter. Durante as palestras víamos boa parte do público de cabeça baixa, olhando para seus celulares[bb], exercitando freneticamente seus polegares.

Saindo do Intercon e voltando ao mundo real descobri um fato estarrecedor: a maioria das pessoas não sabe o que é o Twitter. Mesmo num evento de desenvolvedores de que participei no domingo, ninguém sabia o que era! Então vamos começar com o básico:

Qualquer um pode entrar lá e criar uma conta. Em seguida o twitter pergunta “o que você está fazendo agora?” E você pode entrar lá, quantas vezes quiser, e dizer o que está fazendo agora. E também pode encontrar seus amigos lá e clicar em “follow”. Ao fazer isso, você é avisado sempre que um deles escrever alguma coisa. Isso pode ser simplesmente publicado em sua página no Twitter ou enviado para você por Gtalk ou SMS. Você também pode escrever via Gtalk ou SMS, sem abrir a página do Twitter.

Da primeira vez que vi isso, pensei que fosse completamente inútil. Ora, o que alguém poderia escrever diferente de “escrevendo no twitter”. E que interesse eu tenho se fulano está escovando os dentes ou ciclano está alimentando os gatos? Durante um bom tempo eu, e uma porção de gente que eu conheço, se recusou a usar o Twitter.

Quando resolvi dar uma chance ao Twitter, comecei a entender de verdade seu valor. O truque número um é que você pode responder ao que alguém disse, basta começar sua mensagem com @nomedosujeito. O truque número dois é que você pode escrever o que quiser, não apenas o que está fazendo agora.

Veja, por exemplo, o que aconteceu no Intercon. Durante uma palestra alguém tem uma dúvida ou uma idéia genial. Ao invés de cochichar com a pessoa ao lado, escreve no twitter. É como se estivesse cochichando com cem ou duzentas pessoas que podem responder. Imagine uma sala de bate-papo onde você só escuta quem você escolheu, e que funciona muito bem em seu celular.

Outro exemplo, você resolve almoçar no intervalo do evento. Publica no twitter onde está e para onde vai. Seus amigos ficam sabendo e podem responder na hora. Pense na troca de SMS que você já faz, mas em grupo. Sabe aqueles filmes em que a equipe dos mocinhos tem um comunicador em que quando um fala todo mundo ouve?

Claro, esse é o uso que eu estou fazendo do Twitter, não quer dizer que é o único ou “o jeito certo”. Mas, a julgar pela quantidade de gente que estava usando assim no Intercon, deve ser um dos melhores usos. Os resultados? Confira o que o Manoel Netto escreveu sobre o assunto.

Entenda bem, não é o Twitter, é o fato de estarmos conectados o tempo todo, do mesmo jeito que não era o Napster, era o fato de podermos compartilhar nossas músicas, e não era o ICQ, mas o fato de poder falar com gente do mundo todo, inclusive meus vizinhos. Não sei se o Twitter vai continuar a ser usado por anos, ou se vai surgir algo que vai conseguir substituí-lo, não importa. O que importa é que podemos nos falar, estamos conectados, em qualquer lugar e sempre que quisermos, e em grupo. Isso é algo completamente novo, e muda muita coisa.

Compartilhando seus feeds com OPML no Bloglines

Voltei para o Bloglines. O Newshutch é muito, muito legal, mas eu não consigo mais viver sem poder acessar meus feeds no celular. Aliás, foi o celular quem me fez ver a real vantagem da campanha Feed Zero. No desktop, não me incomodava nada clicar no título do post no leitor de feeds e ler o texto no próprio blog. Mas no celular isso é muito ruim, principalmente porque o navegador não tem abas.

E de quebra o Bloglines me dá uma outra vantagem: OPML atualizado automaticamente.

Se você leu o post do Henrique e ficou com vontade de compartilhar seus feeds também, se usa Bloglines, recomendo que faça como eu. Você precisa configurar o Bloglines para compartilhar seus feeds, clicando na aba Share e escolhendo um nome de usuário. Se você tiver feeds protegidos por senha, como os do Gmail e do Basecamp, vai precisar torná-los privados. Faça isso clicando feed e depois em “edit subscription”.

Ao escolher seu nome de usuário, o Bloglines vai criar uma url com ele para o compartilhamento de seus feeds. A minha é:
http://www.bloglines.com/public/elcio

E o Bloglines também disponibiliza, automaticamente, seu OPML atualizado. O meu está aqui:
http://www.bloglines.com/export?id=elcio

Então, ao invés de copiar o OPML para o seu site e ter que se lembrar de atualizá-lo cada vez que cadastrar um feed novo, você pode apontar seus diretamente para o OPML gerado pelo Bloglines. O código no head de minha página ficou assim:

<link rel="outline" type="text/xml+opml" title="Elcio Ferreira's feeds"
href="http://www.bloglines.com/export?id=elcio" />

Pronto. Troque meu nome pelo seu, meu id pelo seu, coloque isso aí no head de suas páginas e mostre ao mundo o que você anda lendo.

E para quem não leu o post do Henrique, fica a dica: instale a OPMLReader, você vai entender.

AdSpyTracker, estatísticas para o Google AdSense

Fiquei curioso para testar o tal AdSpyTracker que o Janio recomendou, e paguei os tais 10 dólares (usando o PayPal.)

Caramba! É realmente impressionante. Como eu tenho AdSense[bb] em cada página relevante nesse servidor, ele está funcionando como um sistema de estatísticas de acesso, junto com estatísticas do AdSense.

Entre as coisas curiosas que descobri:

  • A frase de busca que mais trouxe as pessoas para esse site hoje, e em todo o mês de dezembro, é mensagem de natal.
  • Algumas pessoas chegaram buscando frases um bocado estranhas: onde achar fogao bonito e barato, como escrever com letra diferente no orkut, Naõ sei meu CPF (sic), programação de máquinas por meio de sistema fotográfico, como eu posso ver videos na internet do ano 2005 e 2006, como faz para escrever no programa de montagem picasa 2, 18 em binario, muito dinheiro no bolso saude pra dar e vender, pra saber quem me bloqueou do msn, o que é um notebook e a genial: beijos se escreve em ingles. Bom, dá para ver que muita gente chega até aqui procurando por ajuda. Vou começar ajudando quem quiser saber com se escreve 18 em binário: 10010.
  • O artigo campeão de cliques continua sendo o Voê Gol, se você conseguir. Ele está logo abaixo do próprio site da Gol ao se buscar por Voe Gol no Google, e a atual crise na aviação deve estar trazendo muita gente, preocupada com sua viagem, sua passagem e o atendimento recebido da companhia aérea.

Ainda estou muito curioso tentando imaginar o que seria a tal “programação de máquinas por meio de sistema fotográfico”.

De qualquer maneira, está aí o link para o AdSpyTracker, que eu recomendo não pelos trocados que posso ganhar no sistema de afiliados, mas porque o treco realmente me surpreendeu:

AdSpyTracker, compre nesse link e ajude esse blogueiro a pagar suas contas.

Proposta Indecente, SEO e spam.

O Danilo publicou: Search Engine Optimization ou SPAM nos meus Feeds?. Tentei responder lá nos comentários mas ele deve estar sem tempo de moderá-los, então vai por aqui:

Olá, Danilo, como vai?

Peço desculpas se a promoção que estamos promovendo lhe causou algum transtorno. Nosso objetivo era, claro, além de fazer SEO, promover uma brincadeira engraçada e descontraída. Em momento nenhum pedimos comentários elogiosos ou dissemos que quem elogiasse mais iria ganhar os cursos.

Eu posso ser um otimista desonhecedor dos meandros da alma humana, mas talvez as pessoas estejam elogiando o curso por conhecerem nosso trabalho, por exemplo, no Tableless.com.br, o que as leva a deduzir que o curso é mesmo bom.

Não vi ninguém reclamando assim quando os blogs de desenvolvimento entraram numa onda de elogios ao Dreamhost, que realmente é muito bom. Nem quando as pessoas começaram a tentar adivinhar o que tem no copo vermelho, ou publicar vídeos[bb] do YouTube em seus blogs. Ou quando começaram a postar sobre as vantagens do AdSense ou do programa de afiliados do Submarino ou do Mercado Livre.

Também não vi ninguém reclamar da idéia do Fabio Seixas:
http://blog.fabioseixas.com.br/archives/2006/12/2007.html

Cujo post pede explicitamente “faça trackbacks” e que, a despeito da pequena quantidade de trackbacks que o próprio Fabio recebeu, já rodou a blogosfera:
http://blog.fabioseixas.com.br/archives/2006/12/meme_2007.html

Qual a diferença entre o que o Fabio fez e o que nós fizemos? O fato de que vivemos disso torna automaticamente nossas iniciativas ruins e o conteúdo a nosso respeito spam?

De qualquer maneira, gostei da promoção do Freegels. O que eu preciso fazer para ganhar? Vai ser sorteio ou vai premiar por algum tipo de mérito? Já estou participando com este post?

Comissões em dólar por e-book grátis

Há algum tempo venho acompanhando, no blog do Janio, a história de um sujeito que escreve sobre marketing na Internet[bb]. O lance é que o camarada escreve e-books gratuitos para divulgar o próprio trabalho. A parte curiosa é que ele estava disposto a investir um dinheiro para que você leia o e-book dele. Agora, apareceu um outro com a mesma história.

Então o lance é o seguinte, se você clicar aqui, se cadastrar e fizer o download do tal e-book (ele chama de “report”, não de “e-book”, ou seja, é um relatório, não um livro) eu ganho um dólar. Tudo o que você vai precisar é de um nome e um e-mail válido. E mais, ao se cadastrar, você vai poder também ganhar um dólar para cada pessoa que indicar.

Em momento nenhum vai ser pedido um número de cartão de crédito ou coisa assim. Não é um truque. O que ele quer é uma lista de pessoas interessadas no produto dele, que vende treinamentos em marketing na internet. No começo eu não acreditei na história, mas o Janio recebeu as comissões no PayPal direitinho na campanha anterior. E o que o sujeito ganha com isso? Uma lista de e-mails de gente interessada em marketing na internet, claro. Naturalmente, você não vai colocar seu e-mail principal ali se não estiver interessado em receber propaganda 😉 Mas, nesse caso, não é spam, é marketing de permissão, a diferença é que o sujeito está comprando sua permissão, o que é realmente inusitado.

Quer participar?

  1. Comece aqui. Preencha seu e-mail e seu nome, marque a caixinha “I accept” e clique em Submit. Você vai ser enviado para uma tela que pede o código de confirmação.
  2. Em seguida você vai receber um e-mail, com um link para o código de confirmação. Anote o código e preencha na tela anterior.
  3. Você vai poder então criar a sua senha.
  4. Em seguida, é pedido um cadastro, para o caso de você querer também divulgar o report e ganhar suas comissões.
  5. Para fazer o download do report clique em “get report” no menu.

Porque estou divulgando isso? Bom, por uma série de motivos, mas principalmente por dois. Claro, um deles é o dinheiro. Alguém aí não está interessado em dinheiro? O outro é a curiosidade. Quero saber se esse camarada, como o primeiro, vai realmente pagar essas comissões, quero entender de onde vem esse dinheiro e o que ele vai ganhar com isso, ou seja, o que ele vai tentar vender depois.

And the Oscar goes to…

Daniel Luz (que não deixou uma URL em seu comentário) é o grande ganhador do prêmio “Sem Projeto – o nerd mais sem o que fazer da internet brasileira.”

Ele estava online no domingo, às 02:32, resolvendo problemas de programação em meu blog. E resolvendo com excelência. Isso sem falar no comentário que ele deixou em outro post, com uma interessantíssima função de conversão para binário.

Parabéns, Daniel! Se puder, compartilhe conosco sua “biblioteca pessoal de funções.” E, se tiver um site, blog, ou outra URL onde possamos aprender mais com você, por favor, nos avise.

Agradeço também ao Peka, que resolveu (em PHP) o primeiro desafio.

E também ao Walter Cruz, ao TaQ, ao Flavio Kaminisse, ao Manoel Netto, ao Fabio Ortolan, ao Felipe Tonello e ao Cristiano Dias, pelos seus comentários, muito mais interessantes que meus posts. Aprendi um bocado, e me diverti um bocado com vocês.

Obrigado também a todos os que tentaram os desafios e não conseguiram. A maioria de vocês chegou bem perto. Gostei da brincadeira e logo que puder posto mais desafios aqui, enquanto isso, vocês podem se divertir com a dica do Daniel: The Python Challenge, muito bom, recomendo.

Alguém acessa isso aqui no domingo?

Mais coisas que a gente vê no Google[bb] Analytics: o número de acessos a este site aos sábados é metade de um dia de semana, e aos domingos um terço. Então vamos ver se hoje, domingo do feriadão, tem alguém online. Se você está lendo isso no dia 5 de Novembro, a qualquer hora, deixe um comentário aqui. Se possível, dizendo o que você está fazendo online no domingo do feriado prolongado.

Robô de Google Ranking

Mais uma coisa que descobri nos relatórios do Google Analytics[bb]: a parte mais acessada do meu site, depois do blog, é o Robô de Google Ranking.

Pois bem, se é útil, então vamos melhorá-lo. Consertei uns defeitinhos agora, e preparei o sistema para internacionalização. Coloquei no ar inclusive uma versão em inglês ruim. Aí está, se você sabe inglês[bb], espanhol, alemão, chinês, ídiche, suaili ou outro idioma qualquer e tem algum tempo disponível, pode nos ajudar traduzindo o robô para o seu idioma. Se só sabe português, pode ajudar dando opiniões e sugestões sobre o Robô.

Voe Gol, o golpe do ano?

Fiz uma experiência curiosa agora, pedi os relatórios do Google[bb] Analytics do meu site desde o início do ano. Descobri muita coisa interessante. Vou colocar uma por uma conforme o tempo for permitindo.

A primeira, a busca que mais trouxe visitas ao meu site esse ano foi “voe gol”, o que me deixou muito curioso. Fiz uma busca no Google e descobri que hoje os dois primeiros resultados são o próprio site da Gol e o terceiro é o meu post “Voe Gol! Se você conseguir.” Hoje porque ninguém sabe como isso vai estar amanhã. Mas nada mal, não?

O que isso mostra? Bom, primeiro que o assunto deve interessar muita gente, que buscou por “voe gol” e em seguida clicou no link para o meu post. Depois mostra que aquele blá blá blá sobre SEO deve realmente fazer alguma diferença na posição do seu site no ranking.

Hardware para produtividade

Algum investimento em hardware, nem sempre caro, pode tornar você bem mais produtivo. Tenho um notebook, da Itautec, um Celeron M 1.9 com 512MB RAM. Um máquina modesta, relativamente barata, mas que representa um investimento considerável. Comprei meu notebook na FastShop, onde achei preço melhor que na Santa Ifigênia com um atendimento de cair o queixo.

No dia em que peguei o notebook instalei o Ubuntu[bb], que funcionou automagicamente com quase todo o meu hardware. A placa de rede wi-fi, uma D-Link DWL-G630, foi a única coisa que me deu alguma dor de cabeça. Mas funcionou que é uma beleza ao seguir essa dica e, importante, usar o wlassistant ao invés do gerenciador de redes do Gnome (apt-get install wlassistant).

Notebook é um negócio viciante. Praticamente deixei de usar meu Desktop, mesmo ele tendo mais processamento e o dobro de memória. Para quem puder ter, recomendo.

Bom, de lá pra cá, comprei umas coisinhas que tornaram a experiência de usar o notebook muito mais divertida, e produtiva. A primeira coisa foi um segundo monitor. Na verdade, não comprei esse, tinha um enconstado aqui. Mas você consegue um bom o suficiente para usar como segunda tela por menos de R$350,00 se procurar bem. É o item mais caro de nossa lista. Usar duas telas, lado-a-lado, a do notebook e um monitor, é um negócio muito interessante. E essa é uma dica que pode servir pra você mesmo que você não tenha um notebook. Com uma placa de vídeo razoável e uma outra qualquer, que pode ser sua onboard, você pode ter duas telas em seu PC. Veja, por exemplo, esse screenshot (clique para ampliar):

Aqui tenho meu editor de código, o Kate, aberto na tela do notebook. Com a largura de 1280px, a tela me permite ter o navegador de arquivos e o navegador python abertos e ainda ter bastante espaço para editar código. Ao lado, no monitor, tenho navegador e cliente de MSN abertos. Esse é só um dos arranjos possíveis. Isso nos poupa muito trabalho também para fazer coisas com o segundo monitor como monitorar processos numa janela de terminal, conectar a um VNC ou XDMCP, rodar o VMWare, colocar as janelas de download e o que mais você imaginar.

Descubra neste artigo como configurar dois monitores no Linux e veja que idéia interessante essa aqui, usar cada tela para um computador diferente, usando o mesmo teclado e mouse para ambos. Já estou usando isso.

O segundo hardware interessante que comprei foi um adaptador Bluetooth USB. Tenho um plano GPRS de dados ilimitado da Claro (dica da Bia) mas não uso o tempo todo, então julguei que não valia a pena investir numa placa GPRS PCMCIA. Com o celular no bolso consigo navegar em qualquer lugar, mesmo sem um hotspot por perto. Claro, é meio devagar, mas quebra um galhão em lugares em que é a única opção. Paguei R$ 70,00 numa loja no Shopping da Barra, no Rio.

Depois, comprei um mouse USB. O touchpad do Itautec é legal. A rolagem com o touchpad é melhor que a rodinha do mouse, e estou usando mesmo com o mouse conectado quando tenho um texto longo para ler. Mas, como mouse, o touchpad é bem ruizinho. Paguei R$ 40,00 numa loja no Shopping Praia da Costa, em Vila Velha (ES). Em seguida, ganhei um mouse USB sem fio do Rigonatti.

Por fim, minha última aquisição, um Access Point. Se você tem um notebook com wi-fi e não tem Access Point, compre assim que puder. É muuuito bom, o tipo de coisa que você fica se perguntando como vivia sem. Agora tenho conexão boa em qualquer lugar da casa. E o Access Point custou menos de R$ 200,00 no Stand-Center (o Diego foi quem buscou pra mim).

Ou seja, como já tinha o monitor, gastei R$310,00 para ter conexão GPRS em qualquer lugar, wi-fi em casa, dois monitores em minha mesa e um mouse bom.

Vídeo Palestra de Tableless (cara, isso é que é hospedagem!)

Percebi agora, ao acessar meu painel de controle, que o Dreamhost dobrou a banda disponível e multiplicou por dez o espaço em disco. Agora eu tenho 200GB de espaço e 2TB de banda. É um absurdo!

O que fazer com tanta banda? Presentar vocês, meus fiéis quatro ou cinco leitores. Vou começar publicando um vídeo de uma palestra que dei no CPqD em Campinas, já tem algum tempo. Não é uma palestra da qual eu me orgulhe, na verdade. Estava meio perdido, com o auditório escuro, sem conseguir enxergar as pessoas. E falei demais. Por isso, se você assistir, me dê um desconto aí. Mas vou colocar essa porque é a única que eu tenho inteira em vídeo.

Lá vai: tableless.wmv (220,7 MB)

Me digam se gostaram, e se vale a pena publicar esse tipo de material. Se vocês gostarem, coloco mais coisa ali. Vamos usar o espaço que o Dreamhost nos dá 😉

E deixa eu fazer minha propaganda aqui: usando o promocode “DESCONTUDO” você pode ter esses 200GB, com PHP, Ruby-on-Rails, MySQL e domínios ilimitados por menos de US$ 4,33 por mês.

Update: O link já está funcionando. Eu tinha apontado meu servidor de DNS para o lugar errado. Desculpem a falha.

Update 2 (5 anos depois): Veja o vídeo aqui.

Inovações em Interface Homem-Computador para Computação Gráfica.

Duas coisas interessantes que eu vi no Imagemaster Blog:

  • Hardware criativo para Photoshop – tenho um palpite de como isso tenha sido feito. Uma tablet enooorme, um bom projetor, e uma gambiarra para fazer aquela caixinha de ferramentas funcionar como um teclado. Aliás, a caixinha de ferramentas é até dispensável, poderia ser trocada por um teclado compacto. Depois, um bocado de paciência para ajustar o projetor e calibar a tablet, e pronto. Alguém aí se arrisca a tentar?
  • 3D intuitivo – esse é legal, um programinha impressionante. Teddy. Feito em Java[bb], você pode testá-lo até num applet. Aqui pra mim ficou muuuuito lento. Mas eu estava testando no notebook, que é bem modesto. É bem “rascunho” mesmo, você não vai conseguir nada parecido com o que faria usando um software de modelagem 3D “de verdade”, mas é muito fácil de usar. Até hoje eu nunca tinha visto um jeito de gente comum modelar 3D, sem horas de estudo para começar. Vale a pena ficar de olho.

Mergulhando no Python e uma possível violação da GPL

Terminei de ler agora o Mergulhando no Python. Já tinha lido o e-book, em inglês, Dive Into Python, cuja capa por sinal é muito mais bonita. Gostei bastante da tradução para português. Não é fácil encontrar boas traduções de livros técnicos e essa está bastante aceitável.
Um dos melhores livros de programação que já li, escrito sobre a melhor linguagem de programação com que já trabalhei. Não é para qualquer um, é um livro para quem já é programador. Se você estiver iniciando na área, não vai aproveitar tanto quanto os programadores mais experientes, mesmo assim vale a leitura. Gostei muito das partes sobre HTTP, tratamento de HTML[bb] e testes de unidade, além da parte inicial, o be-a-bá da linguagem, muito didático e bem humorado.
Ao final do livro, fiz uma coisa que não havia feito na versão em inglês: li os apêndices. E entre eles, estava lá o apêndice G (apêndice E na versão impressa): a licença GNU para documentação livre, que me deixou com a pulga atrás da orelha.
A seção 8 fala sobre traduções, e é pontual: ?A tradução é considerada um tipo de modificação, então você pode distribuir traduções do documento sob os termos da seção 4.? Além disso, ao finalzinho: ?Você pode incluir uma tradução dessa Licença desde que inclua também a versão original em inglês dessa Licença.? Bom, a editora Altabooks não incluiu uma cópia da versão original, em inglês, da licença.
A tal seção 4, que fala de modificações, me deixou mais encucado ainda. Dois trechos selecionados:
?Incluir, imediatamente após os avisos de copyright, um aviso de licença concedendo ao público permissão para usar a Versão Modificada sob os termos dessa Licença.?
?Preservar o endereço de rede, se houver, fornecido no Documento para acesso público a uma cópia Transparente do Documento.? (Cópia Transparente significa cópia digital. Eles chamam a cópia impressa de Cópia Opaca.)
Ao invés do ?aviso concedendo ao público permissão para usar? o livro, a Altabooks colocou, logo após o copyright original: ?Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 5988 de 14/12/73. Nenhuma parte desse livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônico, mecânico, fotográfico, gravação ou quaisquer outros.? Isso viola também esse outro trecho da GPL: ?Você pode copiar e distribuir o Documento em qualquer mídia, comercialmente ou não, desde que … você não adicione quaisquer outras condições além das presentes nesta Licença.?
A seção 3 fala especificamente de cópias em grande quantidade. Veja esse trecho interessantíssimo: ?Se publicar ou distribuir Cópias Opacas do Documento em quantidade maior do que 100 unidades, você deve ou incluir uma Cópia Transparente legível por máquina junto com cada cópia Opaca, ou indicar, em ou com cada Cópia Opaca, um endereço de redes de computadores publicamente acessível que contenha uma Cópia Transparente completa do Documento…?
A Altabooks também não incluiu nenhum link para uma versão online do livro.
Os amigos mais instruídos que eu poderiam me ajudar a entender isso. Eu li errado, ou a Altabooks está violando a GPL? Qual o próximo passo? Com quem podemos reclamar nosso direito de ter uma cópia digital que possa ser livremente distribuída? Qualquer ajuda será muito bem-vinda.