Estava estudando Python ontem. Cansei de ouvir gente elogiando a linguagem. Inclusive o Bruce Eckel cujos livros tem ensinado gente do mundo todo a programar de verdade, e o Eric Raymond. Como sempre faço quando começo a estudar uma nova linguagem, resolvi pesquisar onde e como ela tem sido usada, entender a cultura em volta da linguagem e absorver suas boas práticas. Foi assim que fui parar no Python Style Guide, que recomenda:
Python coders from non-English speaking countries: please write your comments in English, unless you are 120% sure that the code will never be read by people who don’t speak your language.
Como ninguém tem 120% de certeza de nada, você entendeu o recado.
Embora isso seja de grande valor, você não precisa de inglês fluente e pronúncia perfeita. Mas saber ler e escrever, com um domínio mais profundo do vocabulário específico de computação e internet, vai torná-lo um desenvolvedor muito melhor. Ler apenas português é condenar-se a aprender depois e mais superficialmente. As comunidades brasileiras em torno das tecnologias de interesse ajudam bastante, claro, e você deve continuar contribuindo com elas. Mas estudar direto da fonte é libertador e você precisa experimentar!
Enquanto isso, pode ir aproveitando: Tá difícil em inglês? O Danival preparou uma tradução show de bola.
Deu uns defeitinhos no Opera 7.50 para Linux aqui, aperte “G” que resolve.
Essa definição do inglês como língua ponte da programação é completamente arbitrária. Quem pode aprender, tudo bem, ótimo pra ele… Mas existem pessoas que tem dificuldades em saber o básico do inglês e escrever comentários é uma tarefa muito pesada para quem sabe pouco ou até médio d inglês.