Na INFO Online, agora há pouco:
A partir de agora, usuários do BitTorrent que procurarem por filmes ou programas de TV encontrarão apenas arquivos cuja distribuição é considerada legal. O tradicional sistema de troca de arquivos peer-to-peer (P2P) firmou um acordo com a MPAA (Motion Pictures Association of America)…
Isso não te dá a impressão de que, de uma hora para outra, acabou-se a pirataria via BitTorrent porque seu autor proibiu? Quando li isso, me soou muito, muito estranho. Pensei: tem gato na tuba! Primeiro porque o protocolo do BitTorrent é aberto. As pessoas o usam para o que quiserem. Depois porque o cliente é open source. E esta é uma das vantagens dos softwares livres. Se o autor mudar de idéia, e resolver que seu software não vai mais fazer isso ou aquilo, qualquer um pode pegar o código da última versão antes da mudança e criar um fork (um novo projeto, baseado naquele.) Fui pesquisar.
No Guardian Unlimited, hoje cedo (grifo meu):
The agreement requires 30-year-old software designer Bram Cohen to prevent his website, bittorrent.com, from linking to pirated versions of popular movies available online, effectively frustrating people who search for illegal copies of films.
No PC Pro, há pouco:
However, the genie remains out of the bottle. while Cohen and BitTorrent can work to remove links through its own web site, the protocols, which underlie the file transfer technology, are out in the public domain and will doubtless continue to be used by other p2p sites.
Ou seja, o BitTorrent continua sendo um sistema open source, o protocolo continua sendo aberto, e o único lugar em que os links piratas não serão encontrados é no site oficial, BitTorrent.com, que eu, por exemplo, nunca usei para procurar nada. Em outras palavras, nada muda, os filminhos que você procura vão continuar lá.
Deixe um comentário