Exportando MySQL para CSV

Criei agora um pequeno script para resolver um problema meu, um exportador de base de dados MySQL para arquivos CSV. Resolvi compartilhar:

MySQL2CSV

Para baixar, você vai precisar do git. No Ubuntu, para instalar, faça:

$ sudo apt-get install git-core

Depois, para baixar:

$ git clone git@github.com:elcio/mysql2csv.git

Isso vai criar a pasta mysql2csv, com o script dentro. Você pode copiá-lo para a pasta /usr/local/bin/ e dar permissão de execução se for usar com muita freqüência:

$ cd mysql2csv
$ sudo cp mysql2csv.py /usr/local/bin/mysql2csv
$ sudo chmod +x /usr/local/bin/mysql2csv

Se fizer isso, vai poder chamar, em qualquer diretório:

$ mysql2csv host user passwd dbname

Rodando comandos do sistema operacional com cache no Python

Código simples, mas que pode ser útil para alguém não ter que escrevê-lo de novo (arquivo runcached.py):

import os,time
cachepath='cache'
timeout=360
 
def runcached(cmd):
  filename=os.path.join(cachepath,str(hash(cmd)))
  if os.path.isfile(filename):
    if time.time()-os.path.getmtime(filename)<timeout:
      return open(filename).read()
  t=os.popen(cmd).read()
  open(filename,'w').write(t)
  return t

A função runcached roda comandos do sistema operacional, e faz cache do resultado por 6 minutos. Para alterar o tempo do cache, basta mudar a variável timeout. Por exemplo, para cachear por 10 horas:

import runcached
runcached.timeout=36000
r=runcached('lynx --source http://www.tableless.com.br')

Instalando o CouchDB e o Python-CouchDB no Ubuntu 8.10 (Intrepid)

Não a versão do repositório, mas a mais nova.

Só a sequência de comandos, que eu estou com pressa agora:

sudo apt-get install build-essential erlang libicu38 libicu-dev libmozjs-dev automake autoconf libtool help2man libcurl-ocaml-dev subversion python-setuptools
mkdir ~/src
cd ~/src
svn co http://svn.apache.org/repos/asf/couchdb/trunk couchdb
cd couchdb
./bootstrap && ./configure && make && sudo make install
sudo adduser --system --home /var/lib/couchdb --no-create-home --shell /bin/bash --group --gecos "CouchDB Administrator" couchdb
sudo chown -R couchdb /usr/local/var/lib/couchdb/
sudo chown -R couchdb /usr/local/var/log/couchdb/
sudo easy_install simplejson
sudo easy_install httplib2
sudo easy_install couchdb

Brincando com a API do twitter

Resolvi experimentar um pouco a Twitter API. É linda, do jeito que toda API deveria ser. É REST, muito fácil de entender e colocar para funcionar, e devolve dados em XML, JSON, RSS e ATOM.

Essa simplicidade permite interagir com a API usando ferramentas simples da linha de comando do Unix, como o wget e a cURL. Para nossos exemplos, vamos usar cURL. Se você usa Ubuntu, antes de começar faça:

sudo apt-get install curl

Para fazer um simples post, por exemplo, você pode digitar, em seu terminal:

curl -u seu_username:sua_senha -d status="Twittando do terminal. Aprendi com o Elcio: http://blog.elcio.com.br/brincando-com-a-api-do-twitter/" http://twitter.com/statuses/update.json

É isso mesmo, meninos e meninas, é só um post com autenticação, mais nada. RESTful, simples e elegante, deixar qualquer SOAP no chinelo. Inspirador para qualquer um que precise projetar uma API. Isso retorna dados em JSON. Se você quiser os mesmos dados em XML, ATOM ou RSS, basta mudar a extensão na url.

Agora vamos automatizar isso. Eu criei um arquivo /usr/local/bin/twitter com o seguinte conteúdo:

source $HOME/.twitter
curl -u $user:$password -d status="$@" http://twitter.com/statuses/update.json

Naturalmente, criei o arquivo como root e dei permissão de execução para todos os usuários. Agora, no diretório de cada usuário, basta criar um arquivo .twitter com o seguinte conteúdo:

user=seu_username
password=sua_senha

Pronto, tendo feito isso, qualquer usuário que tenha o arquivo .twitter em seu home pode twittar do terminal com:

twitter "Twittando do terminal, aprendi com o Elcio: http://blog.elcio.com.br/brincando-com-a-api-do-twitter/"

Simples e indolor, agora você pode automatizar suas twittadas com shell script. Pode, por exemplo, twittar toda vez que seu servidor baleiar, ou agendar twits com cron.

Search API

A Search API também é espetacularmente simples, dê uma olhada. Fiz a UPBox usando a Twitter Search API, por exemplo, com 22 linhas de código.

Fuja da complexidade

Abri o OpenOffice Writer, mandei gravar uma macro, escrevi “teste”, selecionei e pintei de vermelho. Olha o código gerado:

sub Main
rem ----------------------------------------------------------------------
rem define variables
dim document   as object
dim dispatcher as object
rem ----------------------------------------------------------------------
rem get access to the document
document   = ThisComponent.CurrentController.Frame
dispatcher = createUnoService("com.sun.star.frame.DispatchHelper")
rem ----------------------------------------------------------------------
dim args1(0) as new com.sun.star.beans.PropertyValue
args1(0).Name = "Text"
args1(0).Value = "teste"
dispatcher.executeDispatch(document, ".uno:InsertText", "", 0, args1())
rem ----------------------------------------------------------------------
dispatcher.executeDispatch(document, ".uno:SelectAll", "", 0, Array())
rem ----------------------------------------------------------------------
dim args3(0) as new com.sun.star.beans.PropertyValue
args3(0).Name = "FontColor"
args3(0).Value = 16711680
dispatcher.executeDispatch(document, ".uno:FontColor", "", 0, args3())
end sub

Há muito código complexo por aí. Nesse caso, para invocar os métodos dos objetos do OpenOffice, é preciso usar um objeto dispatcher, chamando executeDispatcher, e passando o objeto, o nome do método e um array de argumentos. Que espécie de sadismo leva alguém a projetar uma solução como essa? Vale lembrar o que diz o Zen do Python:

Se uma implementação é difícil de explicar, é uma idéia ruim.

Outro exemplo interessantíssimo é o protocolo SOAP. Se você precisar construir um serviço SOAP do zero, dê uma investigada na documentação que você vai ter que ler. Compare com a documentação do protocolo XML-RPC, para ter uma idéia.

Meninos, o tio vai ensinar um segredo a vocês, a complexidade se reproduz assexuadamente. Há muito código complexo demais por aí. Se você encontrar indícios de complexidade hoje, corte antes que ela se reproduza, porque ela tende a fugir do controle. Cada vez que você deixa uma implementação complexa num componente de um sistema, você está complicando um pouquinho todos os pontos do sistema que usam aquele. Os resultados ruins são exponenciais. Por mais talentoso que você seja, se deixar a complexidade se enraizar e crescer, vai chegar um momento em que a lógica vai “jogar a toalha” e você vai começar a programar na base da tentativa e erro.

Lembre-se, então, partes simples, conectadas por interfaces simples. Complicado é errado, feio e mau, faz você entregar atrasado e com bugs. E, se precisar de inspiração, abra o Python e digite:

import this

Data errada no Javascript? Bug?

Um amigo me escreveu agora para mostrar algo muito curioso. Abra sua Firebug, ou qualquer outro lugar onde você roda Javascript, e teste:

new Date(2008,8,11)

Você deve ter como retorno um objeto de data, que se impresso mostra:

Thu Sep 11 2008 00:00:00 GMT-0300 (BRT)

Porque setembro e não agosto, você pode se perguntar. É porque em Javascript, assim com na maioria das linguagens de programação, arrays começam com zero, então faz sentido que contadores também comecem com zero. Assim, janeiro é o mês zero, e se você precisar construir um array com os nomes dos meses, janeiro será o primeiro do array. Faz todo o sentido.

Agora, o que não faz sentido. Tente:

new Date(2008,9,12)

Aqui no meu sistema eu obtive:

Sat Oct 11 2008 23:00:00 GMT-0300 (BRT)

Ou seja, uma hora mais cedo. O que será isso? Correção para o horário de verão? Se é, em que regra se baseia? Os horários de verão no Brasil mudam todo ano, e dependem de em que estado você está.

Alguém tem alguma dica?

Resolvendo equações do segundo grau com Python

Meu amigo Vicente Marçal me escreveu:

Bem, sei que és professor de Python, além de amante da linguagem e, por isso, acabei fazendo pesquisas sobre ela e estou estudando por conta, mais por hobby do que por qualquer outra coisa. Então, num tempinho livre que vc tiver, avalie esse meu pequeno script o qual disponibilizei na comunidade Viva o Linux:
http://www.vivaolinux.com.br/script/Raizes-de-Funcao-Quadratica, ele é bem simples, mas gostaria muito de sua opinião a respeito.

Eu respondi, e pedi a ele autorização para publicar minha resposta aqui. Como ele autorizou, lá vai. Vamos começar pelo arquivo, baskara.py:

# -*- encoding: utf-8 -*-
'''
Funções matemáticas para equações do segundo grau.
'''
from math import sqrt
 
def baskara(a,b,c):
  '''
  Função que fornece as raízes de uma equação do segundo grau.
  No caso de não haver raízes, retorna uma tupla vazia.
  Exemplos:
  >>> baskara(1,5,4)
  (-1.0, -4.0)
  >>> baskara(1,4,4)
  (-2.0,)
  >>> baskara(4,4,4)
  ()
  >>> baskara(0,4,2) # se a é zero, temos uma equação do primeiro grau
  (-0.5,)
  '''
  a,b,c=float(a),float(b),float(c)
  if(a==0):return (-c/b,)
  delta=b**2-4*a*c
  if delta<0:return ()
  if delta==0:return (-b/(2*a),)
  return ((-b+sqrt(delta))/(2*a),(-b-sqrt(delta))/(2*a))
 
if __name__=="__main__":
  # Se rodou o arquivo diretamente, sem importar, roda os testes.
  import doctest
  doctest.testmod()

 

E meus comentários:

Cara, para que tanto underline? O underline no python indica que algo é especial. Underlines no começo indicam algo privado, em que você não deve mexer. No começo e no fim, indicam um nome especial, criado pela linguagem. No caso de sua função, não há necessidade de underline em nada, nem no nome da função, nem nos parâmetros.

Segue anexa minha implementação. Os pontos a notar:

1. Docstring. Aquele formato de comentários que eu estou usando serve para que o Python entenda que eles são documentação. Coloque meu arquivo em algum lugar em sua máquina, rode o Python e execute:

import baskara
help(baskara)

Você vai entender.

2. Doctest. Se você reparar, na docstring da função há um trecho de exemplo que parece uma sessão do shell interativo. Está lá assim de propósito. Esperimente quebrar a função. Por exemplo, modifique a linha que calcula o delta, trocando o número 2 por 3. Em seguida execute:

python baskara.py

Ele vai rodar os testes automáticos. Você deve ver três erros.

E é isso aí, boa sorte com o Python, é uma linguagem que vale a pena estudar.

Integrando o Vim com ferramentas externas

Depois que comecei a usar o Vim nas palestras em que eu escrevo código, muita gente começou a me escrever com dúvidas sobre o editorzinho. Apesar de eu dizer nas palestras que Vim é complicado, parece que o pessoal não tem medo. E a dúvida mais freqüente é sobre a integração entre o Vim e ferramentas externas, principalmente o txt2tags.

Faz parte da filosofia Unix que um programa seja facilmente integrado a outros através de interfaces de texto, e o Vim implementa isso muito bem. Para começar, abra o Vim e execute:

:!ls

Você vai ver que o Vim vai executar o comando ls. Então guarde isso, o sinal de exclamação (!) executa comandos externos. Há duas maneiras de fazer o Vim falar com esses comandos. A primeira é mandar o Vim ler a entrada do comando. Digite:

:r!ls

Você vai notar que o Vim vai executar o comando ls e colocar o conteúdo no buffer de edição. A outra maneira de fazer o Vim falar com os programas externos é selecionar texto. Aperte i para ir para o modo de edição e digite:

zebra
tesoura
banana
macaco
felicidade
abacate

Ao terminar de digitar, pressione ESC para voltar ao modo de comando, em seguida SHIFT+V para ir para o modo de seleção de linha e selecione todo o bloco. Com o bloco selecionado, digite:

:!sort

O vim vai colocar, antes do comando, os sinais de seleção ‘<,'>. Não se preocupe, apenas digite o comando e aperte ENTER. Você vai ver que o Vim vai executar o comando sort do sistema operacional, passando como entrada o texto selecionado, e vai substituir esse texto pela saída do comando. Isso, ao final, vai te dar a lista ordenada, assim:

abacate
banana
felicidade
macaco
tesoura
zebra

Usando essa interface simples você pode fazer o Vim falar com qualquer programa Unix.

txt2tags

O programa que eu tenho usado durante as palestras e mais tem deixado as pessoas curiosas é o txt2tags, desenvolvido pelo Aurélio Marinho. O programa está nos repositórios do Debian, então se você usa Debian ou Ubuntu, pode instalá-lo com o comando:

sudo apt-get install txt2tags

O txt2tags lê as primeiras linhas de texto que recebe como títulos do documento. Além disso, precisaremos de várias opções de linha de comando, o que não é conveniente de se digitar. Então vamos criar um shell script para guardar essas opções e fornecer ao txt2tags linhas de cabeçalho de mentirinha. Eu criei um arquivo chamado tags dentro do diretório /usr/local/bin, com permissão de execução (chmod +x) e o seguinte conteúdo:

#!/bin/bash
(echo "
 
 
 
 
 
" && cat ) | txt2tags -t xhtml --infile=- --no-headers

Em seguida, basta abrir o Vim e digitar, por exemplo:

= Aprenda Online =
A [Visie http://visie.com.br/] oferece cursos de Ajax, Javascript e Tableless.

Em seguida selecione essas duas linhas e execute:

:!tags

Pronto, HTML instantâneo.

Palestra: construa seu validador de formulários

Algumas pessoas têm me escrito perguntando como extender o validador de formulários universal que publiquei há algum tempo. O manual do programador é um excelente recurso para isso.

Mas você que é de São Paulo, tem a oportunidade de ver tudo funcionando ao vivo. Nessa quinta-feira, na palestra “Formulários Definitivos“, vou construir um validador igualzinho a esse do zero, explicando cada conceito e o porquê de cada decisão no projeto.

Isso, entre outras coisas. Você também pode conferir o programa da palestra, e até quem sabe ganhar um ingresso grátis.

Dicas de shell: testes unitários e commit

Todas as tarefas relacionadas a contrução, teste e publicação de um desenvolvimento de software[bb] devem ser automatizadas o máximo possível. Escrever software é interar. Você escreve e testa, escreve e testa, escreve e testa dezenas, às vezes centenas de vezes por dia. As tarefas relacionadas a testar o software, de maneira especial, merecem a automatização que for possível dar a elas. Convenhamos, testar é algo muito chato. E se for complicado testar, será uma tentação irresistível para o programador entregar seu código sem testar adequadamente.

Hoje vamos construir um script de commit no subversion[bb] que, antes de enviar o código, executa todos os testes unitários. Vou trabalhar com Python[bb], mas você não deve ter dificuldades em adaptar isso para a sua linguagem de programação predileta.

A primeira coisa importante é que você entenda que todo script executado no shell tem um valor de retorno. Esse valor é retornado pelo comando, e também armazenado na variável especial $?. Veja estes exemplos:

$ echo $?
2
$ ls test
test
$ echo $?
0
$ if ls test2;then echo O arquivo existe.;fi
ls: test2: Arquivo ou diretório não encontrado
$ if ls test;then echo O arquivo existe.;fi
test
O arquivo existe.
$ if ! ls test;then echo O arquivo não existe.;fi
test
$ if ! ls test2;then echo O arquivo não existe.;fi
ls: test2: Arquivo ou diretório não encontrado
O arquivo não existe.

Os testes foram construídos usando o módulo para testes unitários unittest do Python. Cada teste está, no diretório do projeto, junto do arquivo de código que ele testa. E o nome dos arquivos de teste sempre começam com “test”. Assim, o arquivo connections.py é testado pelo testconnections.py.

Veja então nosso shell script, salvo com o nome de commit, que será usado durante todo o projeto para rodar os testes antes do commit:

#!/bin/bash
 
# Começamos com um contador de erros em zero
erros=0
 
# Encontramos cada um dos testes
for i in `find -name "test*.py"`;do
echo TESTANDO: $i
echo
 
# Se o teste falhar, incrementamos a variável erros
if ! python $i;then
erros=$(($erros + 1))
fi
 
echo
done
 
# Se os testes passaram, fazemos commit, caso contrário
# avisamos o usuário
if [ $erros == 0 ];then
# Esse $* passa os parâmetros de linha de comando recebidos para o svn.
svn ci $*
else
echo Testes falharam, commit cancelado.
fi

Tendo feito isso, e colocando esse script em /usr/local/bin, o programador vai trocar svn ci por commit, e os testes serão feitos automaticamente antes do commit. Ele também pode passar parâmetros do svn para o script:

commit -m "Criei o link espacial com saturno"

Editores de código para Linux

Nosso amigo pergunta por e-mail:

Boa Noite Elcio, Me desculpa me fazer essa pergunta que varias pessoas ja dever ter feito é que pesquisei e não encontrei, a pergunta é qual editores você indica para linux?
uso o editplus no windows.

Como a resposta deve servir para mais gente, publico aqui.

Eu uso o Vim. Mas, como eu costumo dizer para o pessoal aqui, Vim não é para qualquer um. Se você quer aprender, um bom lugar para começar é a página do Aurélio sobre Vim (VI). Mas eu já vou avisando, embora seja muito produtivo e eu esteja completamente viciado nele, Vim não é fácil. É um editor modal, em interface texto, e leva algum tempo para aprender a usá-lo.

Para quem me pergunta sobre editores no Linux, costumo recomendar o Kate.

Kate

Entre os recursos legais do Kate estão o auto-completar, que funciona de um jeito bem diferente da maioria dos editores lendo o texto que você já digitou, a integração com o terminal, a possibilidade de navegar e editar arquivos diretamente via FTP ou SSH, os trechos de código, a seleção de bloco, um excelente replace com expressões regulares.

Se você usa Ubuntu, instale também os pacotes kate-plugins e konq-plugins. Se quiser o Kate em português instale também o kde-i18n-ptbr. Para configurá-lo, vá em Configurações, Configurar Kate. Eu costumo usar assim:

  • Sessões, Comportamento ao Iniciar o Aplicativo: Iniciar uma nova sessão
  • Seletor de Arquivos: Eu adiciono o botão recarregar à lista da direita
  • Plug-ins: Eu ligo os plugins “Complementação XML”, “Extensão da Barra de Abas”, “Ferramentas HTML”, “Filtro”, “Inserir Comando”, “Navegação Python” e “Trechos de Código”.
  • Aparência: ligo “Mostrar o Número de Linhas”
  • Editando: ligo o “Inserir espaços ao invés de tabs” e coloco “Largura da tab” como 2. Também marco o “Remover espaços finais”.
  • Identação: coloco “Modo de Identação” em “Estilo Python” e marco “Usar espaços para identar, ao invés de tabs”
  • Abrir/Salvar: ligo “Remover espaços finais”
  • Plug-ins: ligo “Busca Incremental” e “Complementação de Palavras”. No segundo, clico em “Configurar…” e coloco a quantidade de caracteres em 2.

No “Navegador para Sistema de Arquivos” você vai ver uma estrelinha, que te dá acesso aos favoritos do Kate. Para adicionar um servidor FTP, adicione um favorito assim:

ftp://usuario:senha@servidor.com.br/pasta/

Para um servidor SSH, a sintaxe é a mesma, trocando “ftp://” por “sftp://”.

Entre os recursos mais legais do Kate está a integração com comandos shell. Digamos que você queira ordenar determinada lista em seu código. Você seleciona a lista, digita CTRL+\, escreve o comando “find” e dá OK. Bom, você já entendeu, no lugar de find poderia ir qualquer comando do Linux, mesmo uma combinação deles.

Outros Editores

Outros editores que eu costumo recomendar são:

  • Gedit: o editor padrão do Gnome, parece um bloco de notas não é? Então instale o pacote gedit-plugins, depois abra o gedit e vá em Editar, Preferências, Plug-ins. Divirta-se.
  • Komodo: se você não consegue viver sem auto-completar, checagem de sintaxe, tutoriais e assistentes, preview de HTML, macros e muitos botôes e barras de ferramentas, o Komodo é o seu editor. As marcos são escritas em Javascript e você pode criar extensões XPI com XUL, igualzinho ao Firefox. Além disso, o Komodo é multiplataforma. Você pode ter seu editor, com suas macros e extensões, funcionando igualzinho em Windows, Linux e Mac.

Naturalmente, além desses existem dezenas de boas opções de editor de código para Linux. Se você tem alguma dica muito boa, não deixe de comentar.

Dicas de shell: find

Um dos comandos mais úteis no gerenciamento de arquivos no terminal do Linux[bb] é o comando find. Ele permite realizar e automatizar tarefas que na interface gráfica levariam muito tempo. Executar o comando find sem argumentos faz com que ele liste todos os arquivos do diretório atual e de seus subdiretórios.

Para procurar dentro de um diretório específico, informe o caminho ao find:

find caminho/onde/procurar

O find recebe uma série de parâmetros úteis. É bom lembrar que o diretório de procura precisa ser sempre o primeiro parâmetro. Assim, para procurar por todos os arquivos de extensão bak no diretório atual, faça:

find -name "*.bak"

E para procurar dentro de um diretório específico, use:

find caminho/onde/procurar -name "*.bak"

O find permite a você construir uma série de expressões de procura e operação com os arquivos, algumas bastante complicadas (e poderosas). Vamos dar uma olhada em algumas bem simples. Para apagar os arquivos, use -delete. Então, para apagar todos os arquivos bak no diretório atual e em seus subdiretórios, faça:

find -name "*.bak" -delete

Você também pode passar parâmetros numéricos, que funcionam segundo a seguinte lógica:

  • Um número sozinho significa exatamente aquele número, por exemplo: 3
  • Com um sinal de mais, significa maior do que aquele número: +3
  • Com um sinal de menos, significa menor do que aquele número: -3

Para ver uma lista dos arquivos modificados há menos de três dias, faça:

find -mtime -3

Para ver os que foram modificados a mais de três dias, inverta o sinal:

find -mtime +3

As expressões mais comuns para uso com tempo são:

  • -amin – quando o arquivo foi acessado, em minutos.
  • -atime – quando o arquivo foi acessado, em dias.
  • -cmin – quando o arquivo foi criado, em minutos.
  • -ctime – quando o arquivo foi criado, em dias.
  • -mmin – quando o arquivo foi modificado, em minutos.
  • -mtime – quando o arquivo foi modificado, em dias.

Outras expressões bastante úteis são:

  • -regex: funciona como -name, mas recebe uma expressão regular[bb].
  • -size: filtra pelo tamanho do arquivo. É um número seguido de uma letra. As mais comuns são: c – bytes, k – kilobytes, M – megabytes e G – gigabytes.

Por fim, você também pode mandar o find executar operações nos arquivos. Foi o que fizemos no início, quando usamos -delete para apagar arquivos. Dentre as operações, minha predileta é a -exec.

Quando você coloca -exec numa linha de comando do find, tudo o que vem depois até o próximo “;” é entendido pelo find como um comando, que ele vai executar para cada um dos arquivos encontrados. É obrigatório colocar “;” para terminar o comando, se você se esquecer vai receber o seguinte erro:

$ find -exec ls
find: faltando argumento para `-exec'

Onde você quiser passar para seu comando o nome do arquivo, use {}. Por exemplo, para tirar a permissões de execução de todos os arquivos TXT na busca, você pode fazer:

find -name "*.txt" -exec chmod -x {} ";"

Isso vai executar, para cada um dos arquivos encontrados:

chmod -x ARQUIVO ;

O último truque que eu gostaria que você guardasse na manga é que você pode combinar o find com o excelente comando grep. Grep faz buscas dentro de um arquivo. Com o parâmetro -l o grep apenas lista o nome do arquivo se a expressão regular de busca for encontrada. Então, para encontrar todos os arquivos python[bb] que contém o texto “urllib” você pode fazer:

find -name *.py -exec grep -l urllib {} ";"

O find, é claro, tem muito mais recursos e opções. Se quiser mesmo se aprofundar, man find.

ClientSide: mostre seu código

Está lançado: clientside.com.br.

É um site para falar sobre Javascript, Ajax, CSS, XHTML[bb]. Mas não é um site para opinião e recomendações, é um lugar para você ler sobre código, ler código, e colaborar. O site é aberto ao cadastro e colaboração dos usuários, embora todos os artigos devam ser aprovados pelos editores. Entenda a política do site.

Se você já possui um blog ou site sobre o assunto, pode publicar seus artigos em seu próprio site e apenas um link com um breve comentário no ClientSide. Só não faça isso com cada um dos seus posts, apenas com os melhores. Não é um agregador. Se fosse, eu teria feito para funcionar sozinho. É um site onde você vai ler conteúdo especial, focado no assunto, que foi selecionado por seres humanos de um jeito que as máquinas (ainda) não sabem fazer.

Retornando o último número (script Python)

Meu amigo DGmike publicou: Retornando o último número (script PHP)

Como eu acho interessante comparar soluções em linguagens diferentes, resolvi escrever o mesmo script em Python[bb]. Veja como ficou:

import re
def ultimoNumero(string):
    return re.findall(r"\d+",string)[-1]

Gostou?

Oficina de WordPress Visie

Momento Jabá:

Oficina de WordPress Visie: WordPress é a mais poderosa ferramenta de blogging da atualidade. É a ferramenta usada em todos os blogs aqui da Visie, e em boa parte dos blogs[bb] mais populares do Brasil e do mundo. Extremamente simples de usar, facilmente configurável e poderosamente extensível, WordPress ainda por cima é open source e completamente gratuito.

WordPress é a ferramenta por trás desse blog. A idéia da oficina nasceu numa conversa com o Juliano Spyer, no Blogcamp. Teremos um dia para quem quer aprender o básico de WordPress para, por exemplo, criar seu próprio blog, um dia para designers, falando de temas para WordPress e um dia para programadores em que vamos construir plugins e ferramentas que se integrem ao WordPress.

Instalando o PSE no Ubuntu 7.10 Gutsy Gibbon

O novo Ubuntu[bb] 7.10 está maravilhoso. Até o 7.04 eu usava um hack para fazer funcionar minha placa de rede, agora ela funciona sem truques. O compiz já instalado funcionou sozinho, bem direitinho. O resto tudo também funcionou sem dor. Menos o PSE.

Por algum motivo estranho, a versão do mod_python (3.3.1) desse novo Ubuntu reclama de sei lá o que. A versão anterior (3.1.3) funcionava sem problemas. Dei um jeito aqui de colocar para funcionar. Não sei se é uma boa saída, se alguém tiver uma sugestão melhor, por favor.

Segue a receita de bolo para instalar o PSE no novo Ubuntu:

  1. Instale os pacotes necessários: sudo apt-get install apache2 libapache2-mod-python python-profiler build-essential latex2html
  2. Baixe o PSE: wget http://nick.borko.org/pse/PSE-3.0.6.tar.gz
  3. Extraia o código fonte: tar -xzvf PSE-3.0.6.tar.gz
  4. Entre na pasta: cd PSE-3.0.6
  5. Compile e instale: sudo python setup.py install
  6. Edite o arquivo de configuração do Apache: sudo gedit /etc/apache2/apache2.conf
    Acrescente ao final:
    PythonHandler pse_handler
    AddHandler python-program .pt
  7. Aqui vai o hack: sudo gedit /usr/lib/python2.5/site-packages/mod_python/importer.py
    Encontre a linha 303, que deve ser:
    return __import__(module_name, {}, {}, '*')
    E edite para ficar:
    return __import__(module_name, {}, {}) #, '*')
    Cuidado para não quebrar a identação!
  8. Reinicie o Apache: sudo invoke-rc.d apache2 restart

Pronto, deve funcionar. Aqui para mim foi só isso.

Tradutor Português-Portunhol

Falta uma semana para lo dia internacional de hablarse portuñol. Fica aqui minha contribuição ao ócio e falta do que fazer, fruto de uma tarde de feriado entediante: tradutor automático de sites português-portunhol. Você pode, por exemplo, ver este site traduzido para o portuñol[bb].

Tomara que você ache tão divertido de usar quanto eu achei construí-lo.

Acentuação em Português e Expressões Regulares Python

Ao utilizar expressões regulares em Python[bb], por padrão, seu texto é interpretado como uma seqüência de caracteres ASCII comum. Assim, caracteres acentuados são considerados sinais gráficos especiais, e não são capturados como letras. Veja este exemplo:


>>> import re
>>> print re.sub(r"\b","|","era uma criança")
|era| |uma| |crian|ç|a|

Como você pode ver, o ce-cedilha não é considerado uma letra, “quebrando” a palavra. Resolver isso é muito fácil, basta compilar a expressão regular passando a flag L, para que ela siga o locale de sua máquina, ou a flag U, para que ela trabalhe com unicode. No meu caso, em que o locale da máquina é unicode, tanto faz. Veja como funciona:


>>> import re
>>> c=re.compile(r"\b",re.U)
>>> print c.sub("|",u"era uma criança")
|era| |uma| |criança|

Só não se esqueça de trabalhar com strings unicode.

Um pouquinho mais da sintaxe do Python

Um amigo meu está fazendo faculdade, e começando a aprender a programar (com Java[bb].) Ele me mostrou semana passada um exercício que o professor passou:

  • Solicitar que o usuário informe um número inteiro que será usado como limite superior do contador.
  • O programa deverá exibir todos os números pares existentes entre 1 e o limite superior (informado via teclado pelo usuário).
  • Após a exibição dos números o programa deverá perguntar se o usuário deseja executar mais uma vez.

Por curiosidade, eu escrevi uma solução em Python[bb]:

continuar=True
while continuar:
  numero=int(raw_input("Informe o valor inicial da repeticao: "))
  print str(range(2,numero+1,2))[1:-1]
  continuar=raw_input("Continuar? (S/N) ").upper()!="N"

Update: inspirado nos comentários do Rafael Santini, uma solução com break fica mais elegante:

while 1:
  numero=int(raw_input("Informe o valor inicial da repeticao: "))
  print str(range(2,numero+1,2))[1:-1]
  if raw_input("Continuar? (S/N) ").upper()=="N":break